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Papa planta semente na Estónia, um dos países menos religiosos do mundo

25 set, 2018 • Aura Miguel, a acompanhar a visita do Papa aos países do Báltico


Talvez por isso Francisco tenha optado por encontrar esta pequena comunidade católica, cujo bispo foi preso e fuzilado, em 1942 e, desde a sua morte, durante décadas não houve outro bispo católico residente nestas terras, a não ser a partir de 2005.

Depois do apelo em favor da fraternidade universal deixado esta segunda-feira na Letónia, o Papa Francisco prossegue a sua visita ao Báltico, esta terça feira, na Estónia, a última etapa da visita apostólica.

A realidade da Estónia é muito diferente dos outros países bálticos. Situada em frente da Finlândia, do outro lado do mar, tem fronteira terrestre com a Rússia e a Letónia.

Desde o tempo dos Czares que a Rússia ocupou o território e, apesar da declaração de independência, em 1918, comum aos três países bálticos, a Estónia - tal como os outros - foi invadida pela URSS em 1940 e só em 1991, com a desagregação da União Soviética, conseguiu recuperar a independência.

Mas a grande diferença com a Lituânia e a Letónia, é que a Estónia é um dos países menos religiosos do mundo.

Com apenas 1,2 milhões de habitantes, cerca de 70% da população não tem religião. Os católicos são apenas 0,5%, número pouco significativo comparado com 16% de ortodoxos e 10% de luteranos.

Talvez por isso Francisco tenha optado por encontrar esta pequena comunidade católica, cujo bispo foi preso e fuzilado, em 1942 e, desde a sua morte, durante décadas não houve outro bispo católico residente nestas terras, a não ser a partir de 2005.

Da agenda desta terça-feira, destaque para o encontro com os responsáveis políticos da nação e para o encontro ecuménico com jovens.

Francisco ainda arranja tempo para se encontrar com os que trabalham em obras de caridade e a missa será celebrada na Praça da Liberdade, no centro histórico de Talin, última etapa antes do Papa regressar a Roma.


A jornalista da Renascença Aura Miguel acompanha o Papa Francisco na sua Viagem Apostólica à Lituânia, Letónia e Estónia com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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