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Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Um adeus para chorar

02 jul, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Havia vontade, determinação, empenho, mas esses atributos foram insuficientes para ajudar a deixar uma boa imagem e conquistar melhores resultados.

Sem carregar tanto nas letras como faz o diário desportivo espanhol Marca quando titula o desastre na “roja” ao ser afastada do Mundial de Futebol pela Rússia, também podemos utilizar o aforismo para caracterizar a despedida da selecção portuguesa de uma competição onde parecia ter condições para poder chegar mais longe. Não muito, convenhamos, mas pelo menos um pouco mais.

De resto este campeonato tem fornecido choques em série: desde as despedidas precoces dos dois melhores jogadores do mundo da actualidade, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, também os embarques prematuros de representações que haviam chegado integrando o lote dos favoritos. Alemanha, Argentina, Espanha, sobretudo estes, mas também Portugal, embora colocado num patamar ligeiramente inferior.

Significa isto que está a faltar qualidade a este Mundial? Também, mas não só, acrescentamos nós, porque permanecem equipas que ainda podem acrescentar mais novidades ao número das surpresas, e cujo mérito não pode ser posto em causa.

Brasil, agora na dianteira das apostas, Brasil, (veremos o que faz hoje frente ao México), França, uma senhora selecção muito acima da que vencemos há dois anos no Europeu, e Bélgica, que possui um dos lotes mais equilibrados de jogadores talhados para esta competição.

Quanto a Portugal, não conseguiu fazer mais do que o possível e o previsível.

Havia vontade, determinação, empenho, mas esses atributos foram insuficientes para ajudar a deixar uma boa imagem e conquistar melhores resultados.

Os jogos da fase de grupos não foram brilhantes, mas os resultados obtidos permitiram seguir em frente. Porém, frente ao Uruguai, uma organização com falhas e erros de palmatória em lances decisivos deram origem a que fossemos irremediavelmente batidos.

Sem carpir mágoas, antes enfrentando a realidade sem sofismas, a selecção já está em casa.

Agora partir para outra. E essa, terá palco já no fim do ano, no começo de mais uma fase eliminatória do próximo campeonato da Europa.

Com Fernando Santos ao leme, a selecção portuguesa mantém todas as condições para conseguir chegar com êxito a um porto de bom acolhimento.

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