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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Eficácia e falta dela

13 mar, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Os preferidos não se mostraram à altura.

Eficácia: eis a palavra que resume aquilo que de mais importante aconteceu na última jornada da nossa Liga, na qual houve surpresas em dois sentidos.

Eficazes, foram Paços de Ferreira, Benfica e Sporting, acontecendo exatamente o contrário com o Futebol Clube do Porto, que cedeu num jogo para o qual partiu possuído da maior dose de favoritismo.

É verdade: Benfica e FC Porto eram tidos à partida desta ronda como sérios candidatos à conquista de mais três pontos, tão evidente era a superioridade de ambos sobre os seus adversários e mantida ao longo, sobretudo, das últimas jornadas.

Para o Sporting adivinhavam-se dificuldades de tomo na deslocação a Trás-os-Montes: havia baixas importantes nos leões que poderiam fazer pender a balança para o lado dos flavienses, que têm vindo a confirmar um comportamento de excelência, o qual lhes permite manter o sexto lugar na tabela, uma janela de onde poderá vir a espreitar-se a Europa na temporada que se segue.

O jogo do Benfica na Luz tem menos história. Ainda assim, a equipa de Rui Vitória só aos 72 minutos descobriu o caminho da baliza contrário, e de novo com o inevitável Jonas a deixar a sua chancela nos dois golos do jogo.

Na Mata Real não houve Porto na primeira parte e pouco Porto na segunda.

Aceita-se, dado o facto de Sérgio Conceição se ter apresentado com uma equipa muito remendada por força da ausência de seis elementos habitualmente titulares.

Só que isso não justifica tudo; ter oportunidades e não as transformar, inclusive uma grande oportunidade que o guarda-redes contrário defendeu com classe, deixou à vista uma tremenda falta de eficácia que os portistas não podem repetir sob pena de perderem o estatuto de grandes candidatos à vitória no campeonato.

O desafio de Chaves confirmou uma realidade indesmentível: sem o holandês Bas Dost a equipa leonina deixa à vista insuficiências muito difíceis de anular. E foi o excelente goleador que trouxe de novo o Sporting à grande discussão do título, pese embora o facto de essa conquista se manter ainda como uma miragem.

As próximas jornadas confirmarão ou não esta asserção.

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