Emissão Renascença | Ouvir Online
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

Oprah na Casa Branca?

10 jan, 2018 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Os americanos parecem preferir ter na presidência celebridades, ainda que sem experiência política.

Na entrega dos Globos de Ouro, que premeiam personalidades do cinema e da televisão, cerimónia realizada na Califórnia no domingo passado, o momento alto foi o discurso apaixonado de Oprah Winfrey em favor dos direitos das mulheres – a começar pelo direito de não serem alvo de assédio sexual.

Logo surgiram vozes a propor que Oprah se candidate à Presidência da República, em 2020. Ideia louca? Nem por isso, uma vez que Trump é hoje Presidente dos EUA.

Tal como Trump, Oprah Winfrey é uma personalidade da TV. Durante 25 anos apresentou o “talk-show” mais visto da história da televisão americana. Também Trump tinha um “reality show” televisivo, mas a sua popularidade era inferior à que goza hoje esta actriz e apresentadora de 63 anos.

Oprah é agora uma milionária, como era e é Trump, só que ela partiu da pobreza, enquanto o Presidente dos EUA nasceu rico. Ela não tem experiência política, tirando o apoio a candidatos democratas? É verdade, mas qual era a experiência política de Trump? E Oprah parece francamente mais culta do que Trump (o que também não será difícil).

Pode lamentar-se que os eleitores americanos revelem sinais de preferir celebridades televisivas a políticos com provas dadas. Mas a falta de nomes atractivos num Partido Democrático muito dividido leva á procura de celebridades – já se referiram como possíveis candidatos presidenciais pelos democráticos Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, ou o actor George Clooney.

Também pode surgir nos EUA uma reacção inversa: face ao caos que Trump trouxe à Casa Branca (ele, que num dos seus “twitters” se considera um génio), os eleitores americanos podem sentir-se alérgicos a celebridades.

Faltam ainda mais de três anos para as próximas eleições presidenciais americanas. Mas não é muito tempo: as campanhas para essas eleições costumam demorar perto de dois anos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • rafael
    15 jan, 2018 Lisboa 12:45
    Trump mudou o cenário internacional e nacional só comparado com as bombas lançadas em Nagasaqui i yroshima.Os atingidos não perdoam e atacam,conpiram persistem ,é na realidade uma guerra universal contra Trump que contra ventos e tempestades tem vindo a ter êxito na economia ,desenvolvimento,desemprigo ,politica internacional com desequilíbrios que favorecem EUA etc.Tudo é bom e está bem? Só o futuro o dirá.
  • Francisco Torres
    11 jan, 2018 Viana do Castelo 18:32
    Com os resultados económicos obtidos, desemprego em baixa, food stamps a reduzir, bolsas em alta, Coreia do Norte encostada às cordas, Terrorismo islâmico em quebra, ainda se insiste de que Trump é incompetente!!!!....Caro Sarsfield não borre a sua reputação para agradar aos corruptos incompetentes eurostalinistas!!!