23 jun, 2021
Este pensamento expresso ontem por Fernando Santos no decorrer da conferência de imprensa que antecedeu o desafio a realizar hoje com a França terá sido um dos pontos fortes da sua esclarecida intervenção.
O selecionador português transmitiu uma imagem de serenidade e confiança ante uma tarefa que se apresenta recheada de dificuldades que, no entanto, está ao alcance do nosso grupo ser capaz de ultrapassar.
Os franceses são adversários difíceis, e para ter isso em conta nem sequer é necessário recordar que se trata do atual campeão do mundo. Basta olhar para o vasto e rico lote de jogadores do galo, e para a capacidade que têm revelado de ultrapassar obstáculos, para se concluir que a nossa tarefa da próxima noite se apresenta envolta em grandes dificuldades.
Porém, também é necessário ter em conta a grande qualidade dos nossos atletas, que pode tornar possível a criação de dificuldades aos nossos adversários, sendo para isso necessário que seja usada com inteligência, intensidade e agressividade.
Fernando Santos reforçou bem essa ideia: a agressividade não se treina, mas é indispensável que seja colocada em campo, em cada jogo e em cada lance.
Foi isso, infelizmente, que faltou contra a Alemanha, e acabou por se tornar determinante na pesada derrota com que abandonámos o estádio de Munique.
Uma equipa que não é capaz de fazer mais do que cinco faltas em noventa minutos de jogo, transmite a ideia clara de que está ausente desse jogo, sem capacidade para se empenhar numa luta e da qual pode resultar um desfecho nada conveniente.
Provavelmente com algumas mexidas no onze inicial, a seleção portuguesa pode tornar possível uma eficácia diferente daquela que deixou à vista no último sábado.
É disso que estamos todos à espera logo à noite.