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Exposição

​Cascais mostra os mais importantes escultores dos últimos 100 anos

18 jun, 2021 - 14:43 • Maria João Costa

Abre sábado, no Centro Cultural de Cascais, a exposição internacional “A Emoção do Espaço”. A mostra reúne esculturas de artistas como Miró, Rodin, Chillida ou Man Ray.

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A peça “Cabeça de Escravo”, do escultor francês Auguste Rodin, abre a nova exposição internacional do Centro Cultural de Cascais. “A Emoção do Espaço” reúne obras da coleção da Fundação espanhola Azcona e conta a história dos últimos 100 anos da escultura.

A exposição começa com Rodin, o artista que conferiu à escultura um novo significado. Rodin dizia: “Onde aprendi escultura? Nos bosques, observando as árvores; nos caminhos, observando a construção das nuvens; no atelier, estudando o modelo; em todo o lado, exceto nas escolas. Apliquei na minha obra o que aprendi com a natureza.”

Para Maria Toral, curadora desta mostra, Auguste Rodin “é o pai da escultura moderna”. Em entrevista ao Ensaio Geral da Renascença, Toral explica que “foi ele que começou com a escultura, distanciando-se das estátuas que se faziam até então”.

Trata-se de “uma mostra muito completa do último século”, explica a curadora. “Começamos com Rodin, mas prosseguimos com os cubistas, com Júlio Gonzalez que inventa o cubismo, depois os surrealistas e os dadaístas. Temos Man Ray, Marx Ernst e Juan Miró. Depois surgem os grandes artistas dos anos 50, depois da II Guerra Mundial, como Henry Moore”, indica Maria Toral.

À Renascença, a curadora acrescenta que no percurso da exposição estão também “os grandes abstracionistas, como Chillida” ou “um dos movimentos mais importantes do século XX, a figuração. Há obras de artistas como António Lopéz”.

Nesta viagem pelo tempo da escultura, a exposição fecha com um pé na atualidade. “Terminamos a exposição com artistas contemporâneos como é o Miquel Barceló que é um dos artistas espanhóis mais internacionais, mas também com uma obra muito interessante de um jovem artista espanhol”, explica Maria Toral.

Organizada pela Fundação D. Luís I, em Cascais, “A Emoção do Espaço” dá a conhecer uma seleção de peças que pertencem à coleção da Fundação espanhola Azcona, “uma Fundação que se dedica à arte, a fazer livros de arte e catálogos raisonné de artistas”, indica Toral.

Esta é uma exposição que dá ao visitante uma noção da evolução da escultura artística nos últimos 100 anos, mas também os “temas” que os artistas seguiram, diz Maria Toral. A curadora lembra que é também possível perceber a utilização de diversos materiais.

“Começamos com as formas de bronze, mas podemos ter ferro, aço inoxidável, madeira, chumbo e até pó de mármore. Mostra todas essas técnicas e temáticas. Há obras que têm uma temática muito obvia, e outras que não a têm. Por isso pode ver-se as diferentes interpretações que foram fazendo os artistas da forma de esculpir ao longo de um século”.

“A Emoção do Espaço” abre este sábado e poderá ser visitada até 3 de outubro, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 18h00.

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