09 jun, 2021 - 11:00 • Aura Miguel
No meio da nossa vida fragmentada, “a oração deve ser como o fogo sagrado que ardia nos antigos templos, sempre alimentado para não se apagar”, disse o Papa nesta quarta-feira de manhã.
Durante a audiência geral, o Santo Padre recordou os conselhos de S. João Crisóstomo. “Até no mercado ou durante um passeio é possível fazer uma oração frequente e fervorosa. E também na vossa loja, enquanto compram e vendem e ainda enquanto cozinham”.
“Podemos rezar em todas as circunstâncias da nossa vida diária, como uma partitura em que colocamos a melodia da nossa existencia”, subinhou Francisco.
“No fundo, trata-se de ter presente que Deus lembra-se sempre de nós e que também nós devemos nos lembrar sempre d’Ele”. E como a oração deve ser contínua e partir do coração, o Papa recomenda repetir a frase usada pelos monges dos primeiros séculos: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”.
Nesta catequese sobre o valor da oração, Francisco recordou a ligação do trabalho à oração, pois aquele “ajuda a evitar que a oração se desconecte da vida concreta”. E deixou uma comparação: “do mesmo modo que no ser humano tudo é binário – temos dois braços, dois olhos, duas mãos – assim também a oração e o trabalho são complementares, criando uma circularidade entre a fé e a vida que mantém aceso o fogo do amor”.
No final da catequese, o Papa recomendou aos fiéis portugueses que, neste mês de junho, levem ao Sagrado Coração “as nossas canseiras e dificuldades, para encontrar descanso e aprender d’Ele, que é manso e humilde de coração”.