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Graça Franco
Opinião de Graça Franco
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Quando o MEL não sai da colmeia vazia

28 mai, 2021 • Opinião de Graça Franco


Portugal está um aborrecimento. Pior, muito pior, do que nos tempos em que Eça escreveu Os Maias e em que apenas a ferrovia se impunha como sinal de progresso e as massas letradas, ou iletradas, deprimiam com a falta de ânimo de um país a marcar passo e apenas se movimentavam, por mais anódinas que se sentissem, em louca correria “para apanhar um elétrico”.

Ouvi religiosamente aqueles 45 minutos. Aos 40 parece que se ouviram as primeiras palmas a sublinhar qualquer coisa que, no fundo, se podia confundir com e “quem for socialista leva”. Era Rio a demarcar-se do inimigo a quem tinha oferecido o cachimbo da paz durante todo o tempo de antena anterior.

A plateia, em vez de debater alternativas, parecia que apenas vibrava com essa parca ideia do andar tudo à batatada para animar as hostes. O MEL, que nunca foi mais do que uma sigla doce de vocação federadora, deixou-se apropriar pelas abelhas sedentas de se tornarem rainhas na colmeia vazia das “direitas irmanadas” contra a frente das esquerdas abespinhadas. Costa, com adversários destes, lá para 2027 talvez, quem sabe, caia da cadeira ou fuja finalmente para a Europa. Até lá, como dizem os espanhóis, a continuar assim, “no pasa nada”.

Portugal está um aborrecimento. Pior, muito pior, do que nos tempos em que Eça escreveu Os Maias e em que apenas a ferrovia se impunha como sinal de progresso e as massas letradas, ou iletradas, deprimiam com a falta de ânimo de um país a marcar passo e apenas se movimentavam, por mais anódinas que se sentissem, em louca correria “para apanhar um elétrico”.

Agora nem isso: o Plano de Resiliência não reestrutura nada, mas vamos fazer da ferrovia, mais uma vez, a forma mais rápida de chegar e partir de nenhures. Vão sobrar A8s na versão de carris de várias bitolas ao sabor dos interesses espanhóis que tomaremos como nossos.

Vamos comprar ao estrangeiro quase tudo, a começar na sinalética e a acabar nas carruagens, só os parcos salários e alguma mais-valia para as construtoras ficará por cá. Mas isso, mesmo assim, já não é mau. Vai gerar emprego, vai dar ânimo a empresas de segurança e limpeza, há-de absorver fundos e, sobretudo, com atraso de uns 50 anos já reduzido à quase inutilidade, vai cumprir os sonhos daqueles que planeavam linhas de comboio quando o mundo ainda poderia ser diferente. Agora vai, afinal, ser mais do mesmo.

Mesmo assim, e se não podemos dizer bem, nem calarmo-nos, quem faria melhor do que as esquerdas encostadas que estiveram na base dos vários socialismos desavindos a que agora assistimos, com a Mariana Mortágua a ameaçar fazer cumprir a lei orçamental sem devaneios, como no caso do novo banco?

Mesmo se chegássemos à conclusão de que não é possível conhecer quem faria melhor, impunha-se descobrir, pelo menos, quem faria diferente. E fazendo melhor e diferente, quem sairia a ganhar? Outros? Ou os mesmos?

A convenção do MEL era uma esperança de um debate de ideias que tardava em surgir. Nos primeiros anos mal se deu por ela, mas foi passando por lá, como sempre, gente inteligente e prometedora, mas que à Pátria só dará o q.b. da sua paciência.

Talvez por isso, este ano, já o sistema metera a nova convenção anual do MEL, no sistema e na agenda habitual. Entre as reuniões que justificam a frase dos gatos fedorentos: “falam, falam, falam…e não os vejo a fazer nada”. A melhor definição do típico político português das duas últimas décadas.

Como pensar dá trabalho, quem não passou por lá, fixou-se no cartaz. Notaram-se as presenças e as ausências. E a convenção ainda nem começara e já só se falava em quem fora convidado. Como Rui Rio e André Ventura (atual líder e ex-candidato autárquico do PSD) disseram ambos presentes! Arranjou-se, logo ali, um berbicacho, que animou os três dias antes e durante a reunião.

O ex-candidato a autarca descobriu, há uns anos, logo que lhe recusaram a confiança, que não é nem nunca foi social-democrata, nem popular e com isso, disse basta. Mudou de partido, fundou um novo, e chamou-lhe Chega.

Para o sucesso estar garantido o ex-PSD descobriu, ainda, que não gosta nem do Bloco, nem do PC, nem do socialismo em geral e dos socialistas em particular (parece que também não desiste de nos comunicar que não gosta de “ ciganos” e “pedófilos”, nem de gente que receba o Rendimento Social de Inserção, seja lá de que etnia for). Diz que não é nem radical de esquerda, nem de extrema-direita e resume qualquer temática a “isto é tudo uma vergonha!”, o que irrita solenemente Ferro Rodrigues que esteve a ponto de impedir que se pronunciasse esta palavra no Parlamento. O que, só o envergonhou.

André Ventura defende um novo regime (que a maioria deduz poder ser bastante parecido com o antigo, mas disso não existem provas). Acha que o atual semipresidencialismo rouba aos pobres para dar aos ainda mais pobres, o que não lhe parece nada bem. Também não parece ter vocação de Robin dos Bosques porque a personagem já existe no parlamento, na versão da liderança do PCP. Além disso, Ventura confia que as sondagens lhe vão dar todos os votos dos que o viam na TV a comentar jogos de Futebol, e provavelmente tem razão. Isso fê-lo entrar, na convenção, como se fosse um novo Trump com um séquito de Jornalistas que, por definição, “odeia”.

Resumindo, o líder do atual Chega pode ter toda a razão, porque aparentemente é isso mesmo que vai acontecer. Quanto mais lhe chamarem ditador mais agradece. Desta vez não disse nada que não tivesse dito antes, a não ser uma subtil ameaça: não haverá nenhum governo “das direitas” sem ele. Isso é mesmo absolutamente certo, não só porque já aconteceu nos Açores, onde se fez uma caranguejola contra o PS que ganhou as eleições, mas porque as direitas continentais estão muito pequeninas.

Quanto a Rui Rio, descobriu naquele mesmo dia, por conselho de Francisco Balsemão, que o partido que lidera nasceu há mais de 40 anos “no Centro Esquerda” e aí deve permanecer até agora. Isto foi uma novidade porque já tinha dito que era um homem de esquerda, esquecendo o “centro” importante para ganhar as eleições. Tem, aliás, da direita uma ideia curiosa: gente pouco democrata e que barraria a entrada numa conferência, onde se vai discutir o futuro, a quem não é dos deles.

O atual líder do PSD que falava a olhar para o ex-líder conhecido por fazer uma aliança à direita com o CDS, mais conhecida por PAF, esqueceu-se que o partido tinha um passado recente de grande liberalismo e um passado longínquo de assumido populismo, mas demarcou-se de ambos assumindo o centro esquerda, sem explicar uma única vez as alternativas da social-democracia.

Foi discorrendo bem, muito lentamente, não sei se à espera que o mandassem calar, se à espera de aplausos, e fez um razoável diagnóstico do Estado da Nação, mas pouco disse como se inverte o ciclo e se fazem as grandes reformas de que o país necessita para o alterar. Em resumo, achou que o parceiro que faz falta para as fazer passar é o PS, a quem está farto de pedir em casamento mas que prefere a Catarina Martins e o seu mau feitio.

Ou seja, do “quem defende o socialismo leva”, resvalou para o vocês sozinhos (os tais da direita …) não conseguem fazer nada e, mesmo comigo no centro esquerda, também não. A mensagem não era animadora.

Do discurso do atual líder do CDS pouco ficou, mas de Portas ficou uma frase que deu um bom título, “a democracia tornou-se uma gritaria” onde ninguém quer ouvir o outro e onde quem verdadeiramente manda são as redes sociais que gritam ainda mais alto (cito de memória, mas concordo).

Do líder da iniciativa liberal não me lembro do que disse no MEL, mas acho que foi importante o que disse à Renascença e ao Público “ tenho dificuldade em imaginar o crescimento da IL à custa do desaparecimento seja de quem for, como do CDS”. Não se vê realmente como o eleitorado democrata cristão, conservador nos costumes e defensor da prioridade aos mais pobres, se possa passar de armas e bagagens para a Iniciativa Liberal que, no âmbito económico, defende o primado do individualismo face à noção de bem comum e interesse coletivo, subestima o efeito da regulação, menoriza a solidariedade e, do ponto de vista dos costumes, se apresenta como defensor de todas as “fracturâncias”.

Do CDS o que ficou? Uma profissão de fé no homem da cadeira da frente. Passos Coelho, o discreto participante que foi avançando das filas lá de trás até à primeira, que entrou mudo e saiu calado. Ali fez, não apenas prova de vida, mas prova do que ainda pode vir a fazer na política por mais traumatizante que o troikismo tenha sido para a direita.

Rodrigues dos Santos recusou “obsessões ao centro”, e fretes ao PS, e defendeu uma direita que fale entre si (ou seja, admitiu ao contrário de ex-líderes, que não para nele a direita “decente”). Fez bem, porque nada pior do que recusar a troca de ideias com meio milhão de portugueses tentados a votar em Ventura.

Resumindo: no meio do aborrecimento geral, o fim-de-semana passado serviu para mostrar que Passos Coelho voltará à política, não se sabe é quando; que Portas ainda não deixou a política, não se sabe até quando; que Rio sairá pela porta pequena, mas ainda ninguém decidiu quando; e que o Chega vai contar na política, não se sabe bem quanto.

Quanto à Iniciativa Liberal, passito a passito, vai fazendo o caminho e o CDS não tarda nem terá quórum suficiente para uma convenção. Entretanto, o PS, como o próprio Rio reconheceu, tem um primeiro-ministro, que “nem sabe aproveitar a oposição que tem”.

Um dia destes e a continuar assim, ainda a direita passa à clandestinidade e ninguém dá por isso. Ficará a direita radical, que este fim-de-semana estará de novo debaixo de todos os holofotes no congresso do Chega. Vale a pena olhar para o que sairá daí porque, ou se modera e provavelmente terá de mudar de líder, ou se radicaliza ainda mais e Ventura será o nosso petit Le Pen, de braço dado com a esquerda do mesmo tipo. Aí sim, talvez se imponha o debate de algumas ideias. Se quisermos ter um país e um futuro decente.Mesmo assim, e se não podemos dizer bem, nem calarmo-nos, quem faria melhor do que as esquerdas encostadas que estiveram na base dos vários socialismos desavindos a que agora assistimos, com a Mariana Mortágua a ameaçar fazer cumprir a lei orçamental sem devaneios, como no caso do novo banco?

Mesmo se chegássemos à conclusão de que não é possível conhecer quem faria melhor, impunha-se descobrir, pelo menos, quem faria diferente. E fazendo melhor e diferente, quem sairia a ganhar? Outros? Ou os mesmos?

A convenção do MEL era uma esperança de um debate de ideias que tardava em surgir. Nos primeiros anos mal se deu por ela, mas foi passando por lá, como sempre, gente inteligente e prometedora, mas que à Pátria só dará o q.b. da sua paciência.

Talvez por isso, este ano, já o sistema metera a nova convenção anual do MEL, no sistema e na agenda habitual. Entre as reuniões que justificam a frase dos gatos fedorentos: “falam, falam, falam…e não os vejo a fazer nada”. A melhor definição do típico político português das duas últimas décadas.

Como pensar dá trabalho, quem não passou por lá, fixou-se no cartaz. Notaram-se as presenças e as ausências. E a convenção ainda nem começara e já só se falava em quem fora convidado. Como Rui Rio e André Ventura (atual líder e ex-candidato autárquico do PSD) disseram ambos presentes! Arranjou-se, logo ali, um berbicacho, que animou os três dias antes e durante a reunião.

O ex-candidato a autarca descobriu, há uns anos, logo que lhe recusaram a confiança, que não é nem nunca foi social-democrata, nem popular e com isso, disse basta. Mudou de partido, fundou um novo, e chamou-lhe Chega.

Para o sucesso estar garantido o ex-PSD descobriu, ainda, que não gosta nem do Bloco, nem do PC, nem do socialismo em geral e dos socialistas em particular (parece que também não desiste de nos comunicar que não gosta de “ ciganos” e “pedófilos”, nem de gente que receba o Rendimento Social de Inserção, seja lá de que etnia for). Diz que não é nem radical de esquerda, nem de extrema-direita e resume qualquer temática a “isto é tudo uma vergonha!”, o que irrita solenemente Ferro Rodrigues que esteve a ponto de impedir que se pronunciasse esta palavra no Parlamento. O que, só o envergonhou.

André Ventura defende um novo regime (que a maioria deduz poder ser bastante parecido com o antigo, mas disso não existem provas). Acha que o atual semipresidencialismo rouba aos pobres para dar aos ainda mais pobres, o que não lhe parece nada bem. Também não parece ter vocação de Robin dos Bosques porque a personagem já existe no parlamento, na versão da liderança do PCP. Além disso, Ventura confia que as sondagens lhe vão dar todos os votos dos que o viam na TV a comentar jogos de Futebol, e provavelmente tem razão. Isso fê-lo entrar, na convenção, como se fosse um novo Trump com um séquito de Jornalistas que, por definição, “odeia”.

Resumindo, o líder do atual Chega pode ter toda a razão, porque aparentemente é isso mesmo que vai acontecer. Quanto mais lhe chamarem ditador mais agradece. Desta vez não disse nada que não tivesse dito antes, a não ser uma subtil ameaça: não haverá nenhum governo “das direitas” sem ele. Isso é mesmo absolutamente certo, não só porque já aconteceu nos Açores, onde se fez uma caranguejola contra o PS que ganhou as eleições, mas porque as direitas continentais estão muito pequeninas.

Quanto a Rui Rio, descobriu naquele mesmo dia, por conselho de Francisco Balsemão, que o partido que lidera nasceu há mais de 40 anos “no Centro Esquerda” e aí deve permanecer até agora. Isto foi uma novidade porque já tinha dito que era um homem de esquerda, esquecendo o “centro” importante para ganhar as eleições. Tem, aliás, da direita uma ideia curiosa: gente pouco democrata e que barraria a entrada numa conferência, onde se vai discutir o futuro, a quem não é dos deles.

O atual líder do PSD que falava a olhar para o ex-líder conhecido por fazer uma aliança à direita com o CDS, mais conhecida por PAF, esqueceu-se que o partido tinha um passado recente de grande liberalismo e um passado longínquo de assumido populismo, mas demarcou-se de ambos assumindo o centro esquerda, sem explicar uma única vez as alternativas da social-democracia.

Foi discorrendo bem, muito lentamente, não sei se à espera que o mandassem calar, se à espera de aplausos, e fez um razoável diagnóstico do Estado da Nação, mas pouco disse como se inverte o ciclo e se fazem as grandes reformas de que o país necessita para o alterar. Em resumo, achou que o parceiro que faz falta para as fazer passar é o PS, a quem está farto de pedir em casamento mas que prefere a Catarina Martins e o seu mau feitio.

Ou seja, do “quem defende o socialismo leva”, resvalou para o vocês sozinhos (os tais da direita …) não conseguem fazer nada e, mesmo comigo no centro esquerda, também não. A mensagem não era animadora.

Do discurso do atual líder do CDS pouco ficou, mas de Portas ficou uma frase que deu um bom título, “a democracia tornou-se uma gritaria” onde ninguém quer ouvir o outro e onde quem verdadeiramente manda são as redes sociais que gritam ainda mais alto (cito de memória, mas concordo).

Do líder da iniciativa liberal não me lembro do que disse no MEL, mas acho que foi importante o que disse à Renascença e ao Público “ tenho dificuldade em imaginar o crescimento da IL à custa do desaparecimento seja de quem for, como do CDS”. Não se vê realmente como o eleitorado democrata cristão, conservador nos costumes e defensor da prioridade aos mais pobres, se possa passar de armas e bagagens para a Iniciativa Liberal que, no âmbito económico, defende o primado do individualismo face à noção de bem comum e interesse coletivo, subestima o efeito da regulação, menoriza a solidariedade e, do ponto de vista dos costumes, se apresenta como defensor de todas as “fracturâncias”.

Do CDS o que ficou? Uma profissão de fé no homem da cadeira da frente. Passos Coelho, o discreto participante que foi avançando das filas lá de trás até à primeira, que entrou mudo e saiu calado. Ali fez, não apenas prova de vida, mas prova do que ainda pode vir a fazer na política por mais traumatizante que o troikismo tenha sido para a direita.

Rodrigues dos Santos recusou “obsessões ao centro”, e fretes ao PS, e defendeu uma direita que fale entre si (ou seja, admitiu ao contrário de ex-líderes, que não para nele a direita “decente”). Fez bem, porque nada pior do que recusar a troca de ideias com meio milhão de portugueses tentados a votar em Ventura.

Resumindo: no meio do aborrecimento geral, o fim-de-semana passado serviu para mostrar que Passos Coelho voltará à política, não se sabe é quando; que Portas ainda não deixou a política, não se sabe até quando; que Rio sairá pela porta pequena, mas ainda ninguém decidiu quando; e que o Chega vai contar na política, não se sabe bem quanto.

Quanto à Iniciativa Liberal, passito a passito, vai fazendo o caminho e o CDS não tarda nem terá quórum suficiente para uma convenção. Entretanto, o PS, como o próprio Rio reconheceu, tem um primeiro-ministro, que “nem sabe aproveitar a oposição que tem”.

Um dia destes e a continuar assim, ainda a direita passa à clandestinidade e ninguém dá por isso. Ficará a direita radical, que este fim-de-semana estará de novo debaixo de todos os holofotes no congresso do Chega. Vale a pena olhar para o que sairá daí porque, ou se modera e provavelmente terá de mudar de líder, ou se radicaliza ainda mais e Ventura será o nosso petit Le Pen, de braço dado com a esquerda do mesmo tipo. Aí sim, talvez se imponha o debate de algumas ideias. Se quisermos ter um país e um futuro decente.

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  • Ivo Pestana
    29 mai, 2021 Madeira 13:11
    Uma coisa eu sei. Queiramos ou não, gostemos ou não, o Chega veio para ficar e a tendência é crescer. O resto é blá blá. Todos falam e criticam este partido, mas ele cresce e porque será? Quem vota no Chega? Muitos querem a extinção do CDS, depois não chorem. Quando um partido democrático desce muito, é motivo para reflectir e preocupação. Pois outro irá crescer. O ministro Cabrita comentou contente, o naufrágio do CDS, mas cuidado, porque outro vem com mais força e menos democracia. Populismo é mau, cuidado e abram os olhos. Vejam os EUA, Venezuela, Brasil, Turquia...o populismo são mãos cheias de nada, é só promessas. A Direita tem que endireitar, senão é o caos político.