Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Cimeira Social

Cardeal Patriarca espera que a “Europa se reconheça cada vez mais como união”

07 mai, 2021 - 10:36 • Maria João Costa

Trabalho como prioridade, analisar as consequências do “enorme abalo” da pandemia e as questões ecológicas são temáticas que D. Manuel Clemente espera que sejam abordadas na Cimeira Social que hoje começa no Porto.

A+ / A-

Há temáticas que “as circunstâncias obrigam a estar presentes, sem adiamentos” diz o Cardeal Patriarca de Lisboa. Em entrevista à Renascença, D. Manuel Clemente revela as suas expetativas quanto à Cimeira Social que hoje começa no Porto, organizada no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

“A minha preocupação e expetativa é que ela cumpra os seus objetivos” começa por dizer o Cardeal Patriarca de Lisboa. Para o mais alto responsável da igreja portuguesa é necessário que no atual contexto de pandemia, “a União Europeia se reconheça cada vez mais como união”. Na sua opinião, “a pandemia veio sublinhar que nenhum país se pode resolver sozinho”.

Lembra que a “Europa não deve recuar naquilo que já conseguiu, uma Europa sem fronteiras”, onde explica o prelado “o trabalho seja uma prioridade, porque é a única possibilidade que temos para que as pessoas e as famílias se possam desenvolver e possam ser o que devem ser, base fundamental de qualquer sociedade”.

Além do trabalho, há todo um “conjunto interligado de temáticas” que deve ser “levado por diante”. A marcar o arranque desta cimeira que é o ponto alto da presidência portuguesa, na opinião do Cardeal Patriarca deve estar também como pano de fundo o contexto da pandemia.

D. Manuel Clemente aponta as consequências “do ponto de vista sanitário” que a Covid-19 trouxe e que provocaram um “enorme abalo, não só no campo da saúde, do trabalho, das comunidades e mas também da sobrevivência de muitas pessoas”. O Cardeal soma a estas preocupações, “o campo ecológico”. Nas suas palavras, “nós, como Europa, e no plano mundial, temos enormes responsabilidades para que o Planeta seja habitável pelas gerações presentes e sobretudo pelas gerações futuras”.

Em declarações à Renascença, aponta ainda a terminar a situação dos refugiados como um dos temas que espera seja analisado no Porto. “No que diz respeito ao acolhimento daqueles que nos procuram ou ajudar ao desenvolvimento dos países de onde fogem porque aí não tem condições para viver”, são questões que D. Manuel Clemente gostava de ver abordadas “sem adiamentos”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+