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Cimeira Social do Porto

MNE: Líderes europeus vão tentar "aproximar posições" sobre levantamento de patentes

07 mai, 2021 - 19:07 • Marina Pimentel

Augusto Santos Silva não elogiou nem criticou a posição dos Estados Unidos, optando por destacar o regresso de Portugal à lista verde de destinos do Reino Unido.

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O Ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou esta sexta-feira à Renascença que o levantamento da patentes das vacinas vai ser discutido no jantar da Cimeira Social que decorre no Porto. No entanto, Augusto Santos Silva sublinha que o mais importante é o papel que pode ser desempenhado pela Europa na produção e exportação de vacinas.

As declarações do ministro surgem depois de Joe Biden, Presidente dos EUA, ter anunciado que apoia o levantamento de patentes das vacinas contra a covid-19.

"Esse passo dado pelos Estados Unidos é importante porque significa uma alteração substancial da posição norte-americana. Muito provavelmente os líderes abordarão esse tema, visto que estamos perante uma questão a que estamos todos muito habituados. As primeiras posições que foram expressas diante dos líderes europeus foram contrastantes, e agora é preciso falarmos uns com os outros para aproximarmos as nossas posições e definir uma posição comum, se houver lugar a isso", disse Augusto Santos Silva.

O ministro português também comentou a decisão do Governo britânico, anunciada esta sexta-feira, de colocar Portugal na lista verde de destinos do Reino Unido a partir do dia 17 de maio.

"Portugal tem, neste momento, um regime restritivo quanto a viagens. Na primeira quinzena de maio, faremos a reavaliação desse regime para a segunda quinzena do próximo Conselho de Ministros e, naturalmente, estas notícias são boas, porque nos permitem tomar decisões que, insisto, serão decisões sensatas, cautelosas, prudentes mas de abertura progressiva", salientou.

Sobre as restrições que Portugal aplica a outros destinos, Augusto Santos Silva explicou que "as restrições maiores são para todos os países dentro ou fora da União Europeia que tenham um número elevado de novos casos, 500 por 100 mil habitantes, que tem sido o limiar que utilizamos em coordenação europeia, e também para os países que são fonte de variantes do vírus que ainda conhecemos mal e que têm um ritmo de propagação elevado."

Portanto, para já, Portugal continuará a sujeitar a quarentena em "qualquer que seja a ligação que tenha sido usada, passageiros que tenham iniciado a viagem na África do Sul, na Índia ou no Brasil."

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