23 abr, 2021 - 13:49 • Redação
Pep Guardiola e Jurgen Klopp, treinadores de Manchester City e Liverpool, mostraram-se muito críticos do novo formato da Liga dos Campeões, que foi apresentado esta segunda-feira, uma fase de grupos renovada e com dez jogos em vez de seis.
É precisamente o maior número de jogos que se queixam os treinadores, num calendário que já é apertado numa temporada normal
"Todos no futebol pedem mais qualidade e o mundo do futebol só quer quantidade. Não somos nós que mandamos, temos de pedir à UEFA e à FIFA para extender o ano, talvez podemos ter 400 dias num ano, não sei. Não sou eespecialista no formato, quem faz os calendários não pensa na recuperação dos jogadores. Nós damos a opinião e depois disso não podemos fazer nada", diz Guardiola.
O técnico catalão prevê mais lesões e explica o impacto de um calendário ainda mais atarefado para os jogadores. Guardiola acusa a UEFA de "não querer saber".
"Teremos mais lesões. Estes jogadores acabam épocas muito exigentes, têm seis dias de descanso e depois vão para as seleções. Depois têm mais uma semana de férias e voltam para viagens na pré-época até à Ásia ou América. A UEFA sabe, mas não quer saber. Não consigo treinar nada, só mostrar vídeos. Temos pausas internacionais, mas não temos jogadores. É como um ator. Três peças por dias é demasiado", termina.
Já Jurgen Klopp, treinador do Liverpool, mostrou-se satisfeito que o projeto da Superliga Europeia falhou, mas mostra preocupação com a quantidade de jogos que o novo formato da Liga dos Campeões vai implicar.
"Não faço ideia como podemos lidar com mais jogos. Temos de assegurar que a qualidade sobe, não com dinheiro, mas com treino. O novo formato deve-se ao dinheiro. É muito bom que a Superliga esteja fora da mesa, mas o novo formato da Champions não é bom. Eles mostraram-me e eu disse que não gostava. Há mais quatro jogos, mas não fazem ideia onde os meter no calendário", termina.