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Pandemia

Covid-19. Vacinas só chegam a uma em 500 pessoas nos países pobres, alerta OMS

19 abr, 2021 - 18:19 • Lusa

Informação foi avançada pela OMS depois de anunciar que a jovem ativista climática Greta Thunberg doou 100 mil euros para apoiar a organização na distribuição equitativa de vacinas.

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Em cada 500 pessoas, apenas uma, em média, foi vacinada contra a Covid-19 nos países pobres, enquanto nos ricos uma em cada quatro já está parcial ou totalmente imunizada, revelou esta segunda-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A informação foi avançada pela OMS depois de anunciar que a jovem ativista climática Greta Thunberg doou 100 mil euros para apoiar a organização na distribuição equitativa de vacinas.

A contribuição será feita através da fundação de Thunberg, a ativista sueca que, em 2018, aos 15 anos, lançou um movimento de dimensão global de protesto e denúncia da inação da classe política e dos atores económicos face ao agravamento dos efeitos das alterações climáticas.

Os 100 mil euros irão para a plataforma Covax, criado pela OMS e outras instituições para financiar a compra de vacinas e a sua distribuição entre países de baixo e médio rendimento.

O objetivo é vacinar pelo menos os grupos de maior risco nestes países, tais como os trabalhadores da saúde, os idosos e os que sofrem de doenças crónicas, o que os torna particularmente vulneráveis à infeção que pode ser causada pelo novo coronavírus.

No entanto, as vacinas continuam concentradas em cerca de uma dúzia de países.

As 39 milhões de doses que a Covax distribuiu desde fevereiro a 114 países contrastam com os quase 210 milhões de doses que já foram administradas só nos Estados Unidos da América (EUA) e com os 42,8 milhões de pessoas que foram inoculadas no Reino Unido.

Os EUA têm assim cerca de 40% da sua população vacinada com pelo menos uma dose, o Chile mais de 40%, o Reino Unido cerca de metade, e Israel mais de 60%.

"A comunidade internacional deve fazer mais para enfrentar a tragédia do acesso desigual às vacinas, temos os meios para corrigir este desequilíbrio", disse Thunberg, falando a partir de Estocolmo, onde vive, numa conferência de imprensa virtual da OMS.

A ativista comparou a pandemia aos efeitos das alterações climáticas e salientou a urgência de "ajudar primeiro os mais vulneráveis", sublinhando que a iniciativa Covax é a melhor maneira de o conseguir.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus agradeceu a Thunberg pelo seu apoio e pelo exemplo.

"Greta Thunberg tem inspirado milhões de pessoas em todo o mundo a tomar medidas para enfrentarem a crise das alterações climáticas e o seu forte apoio à justiça no acesso às vacinas Covid-19 demonstra o seu empenho num mundo mais saudável e seguro para todos", disse.

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