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Decidir Europa - Ricardo Nunes e o consumo de energia - 17/04/2021

Decidir Europa

Ricardo Nunes e o consumo de energia

17 abr, 2021 • José Bastos


Presidente da Associação dos Comercializadores no Mercado Liberalizado (ACEMEL) analisa os efeitos da pandemia e fornece pistas para o futuro do consumo energético.

A quatro dias da publicação dos números atualizados do Global Energy Review da Agência Internacional de Energia (IEA nas siglas em inglês) parte da visão do impacto da pandemia no setor energético mundial continua ainda a ser alimentada pelas análises da IEA ao efeito da crise económica e sanitária sem precedentes que, está a ser, a Covid-19.

As projeções dos relatórios sobre a procura de energia e as emissões relacionadas para este ano baseiam-se na suposição de que os confinamentos, impostos em todo o mundo em resposta à pandemia, vão ser aliviados progressivamente nos próximos meses na maioria dos países, acompanhados por uma gradual recuperação económica.

O impacto da crise na procura de energia depende em grande medida da duração e rigor das medidas adotadas para travar a propagação do vírus. Por exemplo, a IEA descobriu que cada mês de encerramento das economias mais avançadas, aos níveis observados em abril/maio de 2020, reduz a procura mundial em 1,5%.

Por outro lado, as medidas de confinamento produziram uma alteração de rumo para fontes de eletricidade baixas em carbono, incluídas a energia eólica, a solar fotovoltaica, a hidroelétrica e a nuclear. Depois de superar em 2019, pela primeira vez, a fonte de carbono, as energias não fósseis ampliaram em 2020 a sua liderança para alcançar 40% da geração mundial de eletricidade, 6% à frente do carbono.

Nesta trajetória as novas renováveis serão a única fonte de energia a crescer este ano e antecipa-se que a sua participação, por exemplo, na produção mundial de eletricidade aumentará significativamente graças à prioridade no acesso às redes de distribuição e a baixos custos operacionais.

E em Portugal? Que riscos surgem da crise da Covid-19 para os consumidores, mas também para o elo mais importante do processo, as empresas comercializadoras de energia? Que olhar se projeta a partir desse posto de observação - do mercado e do futuro - para os desafios da transição energética, na aposta no hidrogénio ou na neutralidade carbónica?

Porque a comercialização é a atividade mais próxima do consumo e “não há nenhum megawatt mais verde do que o megawatt não consumido”, as respostas são de Ricardo Nunes, o presidente da ACEMEL, a Associação de Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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