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Operação Marquês

Fernando Medina. Suspeitas sobre Sócrates corroem "a vida democrática"

14 abr, 2021 - 00:11 • Redação

Com o PS em silêncio sobre o caso que envolve o antigo primeiro-ministro, Fernando Medina aproveitou o seu habitual espaço de comentário na TVI24 para abordar a Operação Marquês. Foi o primeiro socialista a fazê-lo depois de conhecida a decisão instrutória na passada sexta-feira.

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, defende que as suspeitas que recaem sobre José Sócrates, principal arguido da Operação Marquês, põe em causa os fundamentos da vida democrática e rompem “laços de confiança”.

“É evidente que há um rompimento de laços de confiança quando há factos fundamentais de que alguém que foi primeiro-ministro recebeu avultadas quantias financeiras. Ao contrário do que era dito, não resultavam de fortuna pessoal ou familiar. Sem qualquer justificação aparente, que o próprio não dá e entendeu não dar durante todos estes anos”, disse no habitual espaço de comentário na TVI24.

Para Medina, que esta terça-feira rompeu aquela que tem sido a regra de silêncio dentro do PS sobre este caso, a ausência de explicações de Sócrates, “corrói a nossa vida democrática”.

Fernando Medina, que exerceu funções como secretário de Estado nos dois governos de José Sócrates, acrescenta que o crime de branqueamento de capitais, pelo qual o antigo primeiro-ministro irá a julgamento tem “uma moldura penal” que põe e causa a “suprema responsabilidade” inerente ao cargo de primeiro-ministro e a confiança “das pessoas que votaram e dos milhares que o apoiaram diretamente”, podendo dar origem a um “profundo sentimento de desconfiança na sociedade portuguesa e descrença na relação entre eleitores e eleitos”.

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