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Covid-19. O que vai acontecer às vacinas da Johnson se chegarem a Portugal?

14 abr, 2021 - 12:55 • Liliana Monteiro

Fonte ligada ao processo das vacinas para a Covid-19 explica que o contratempo com o fármaco da Johnson & Johnson em nada interfere com o plano de vacinação, no imediato.

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Portugal ainda não sabe se as 31.200 doses da vacina Janssen, da Johnson & Johnson, chegam ou não na quinta-feira, como estava previsto e acordado.

Quando as autoridades de saúde dos Estados Unidos decidiram, na terça-feira, suspender a vacina da Johnson & Johnson já o lote com destino à Europa estava em trânsito.

Ao que a Renascença apurou, ou as vacinas não chegam e regressam aos Estados Unidos ou são distribuídas com orientações claras de armazenagem por mais tempo até que os estudos do outro lado do Atlântico estejam concluídos.

Fonte ligada ao processo das vacinas para prevenir a Covid-19 explica que este contratempo em nada interfere com o plano de vacinação, no imediato.

No próximo fim de semana vão ser vacinadas entre 180 a 190 mil pessoas, uma grande maioria abaixo dos 60 anos, e, por isso, a vacina usada será a da Pfizer.

Na prática, as 31.200 doses da vacina da Johnson são apenas uma caixa que daria para menos de um dia normal de vacinação no nosso país.

O plano de vacinação não estava já a contar com a entrada dessas doses nos próximos dias.

Aguarda-se uma posição oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS) a quem cabe anunciar se a vacina está suspensa ou não em Portugal.

O anúncio de suspensão será inevitável tendo em conta que é essa a orientação do fabricante.

As autoridades de saúde norte-americanas pediram, na terça-feira, a suspensão preventiva da administração da vacina da Johnson & Johnson (Janssen), depois de algumas pessoas vacinadas terem relatado episódios de coágulos sanguíneos raros entre os efeitos secundários.

É uma medida de precaução, diz o regulador Food and Drug Administration (FDA) e o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“A segurança da vacina é a principal prioridade do governo federal e levamos muito a sério todos os relatos de efeitos secundários que dela derivam”, escrevem ainda as duas autoridades sanitárias.

Foram seis os casos de coágulos conhecidos, todos em mulheres com idades entre os 18 e os 48 anos. Uma mulher morreu e outra foi hospitalizada em estado crítico no Nebraska. Estes episódios foram detetados duas semanas depois da toma da vacina.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) está "a investigar" os casos de tromboembolismo detetados após a administração da vacina da Johnson & Johnson e alertou que, "para já, não se sabe se há relação causa-efeito".

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