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Covid-19: Ministra diz que é prematuro falar de pausa na vacina Johnson & Johnson

13 abr, 2021 - 14:51 • Lusa

Marta Temido sublinha que, de uma forma geral, "no balanço risco-benefício continuamos a saber que a vacina é a nossa melhor arma para sairmos desta doença".

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A ministra da Saúde, Marta Temido, considerou ser ainda muito cedo para comentar a recomendação hoje emitida pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos para uma pausa na administração da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson (Janssen).

"Recebemos essa notícia enquanto decorria a reunião. Neste momento é prematuro falar. Essa vacina não foi ainda iniciada no território da União Europeia, estamos a receber as primeiras doses esta semana. Os efeitos adversos estão descritos, mas no balanço risco-benefício continuamos a saber que a vacina é a nossa melhor arma para sairmos desta doença", explicou a governante.

Em declarações aos jornalistas após a reunião no Infarmed, em Lisboa, que juntou especialistas, membros do Governo e o Presidente da República para a avaliação da situação epidemiológica do país, Marta Temido reiterou a sua "confiança nas vacinas e naquilo que é o papel das autoridades" para levar a bom porto o combate à pandemia.

"[Pode haver] confiança nas autoridades reguladoras, sejam elas europeias ou outras autoridades, para continuarem a identificar eventuais reações adversas, para explicar com transparência, e para prosseguirmos naquilo que são os nossos planos de vacinação", continuou.

O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina (de toma única) desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.

O Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC vai reunir-se na quarta-feira para discutir os casos e o FDA também lançou uma investigação. Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.

As primeiras 30 mil doses da vacina desta farmacêutica chegam a Portugal esta semana, sendo esperado que o país receba, ainda durante o segundo trimestre deste ano, 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões de doses que o país deverá ter disponíveis ao longo de 2021.

A Comissão Europeia acordou a compra de 200 milhões de doses este ano, com uma opção mais 200 milhões de doses, tendo a farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, começado a fazer as entregas na segunda-feira.

Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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