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Dia Mundial da Saúde. “É deplorável que persista o fosso entre ricos e pobres”, diz Vaticano

07 abr, 2021 - 12:27 • Aura Miguel

Cardeal Turckson publica mensagem para o Dia Mundial da Saúde proclamado pela ONU, sob o tema “Construir um mundo mais justo e mais saudável para todos”. É fundamental “assegurar a cada um os cuidados de saúde, como um ato de justiça”, defende.

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É urgente eliminar as desigualdades no acesso à saúde e o ano 2020 será recordado como "uma separação das águas, entre um antes e um depois”, escreve o cardeal Peter Turckson a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala nesta quarta-feira.

Referindo-se aos efeitos da pandemia, sobretudo nas comunidades mais pobres e vulneráveis, o responsável do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano e Integral sublinha, numa mensagem publicada também nesta quarta-feira, a importância da solidariedade humana e o valor da fraternidade da justiça, da equidade e da inclusão “para não deixar que os nacionalismos fechados ou as leis do mercado nos impeçam de viver como uma verdadeira família humana”.

Turckson recorda os sucessivos apelos do Papa Francisco contra as desigualdades, agora exacerbadas pela pandemia.

“É deplorável que, apesar das constantes denúncias, persista um fosso no acesso aos cuidados e tratamentos de saúde e se verifiquem desigualdades inaceitáveis que negam a saúde a grande parte das populações nas periferias do mundo”, lê-se na mensagem.

É, por isso, fundamental “adquirir um olhar integral e assegurar a cada um os cuidados de saúde, como um ato de justiça a que cada pessoa tem direito”.

A mensagem apela também aos governantes e responsáveis das políticas económicas que “garantam melhores condições de trabalho ao pessoal de saúde” e definam estratégias para “garantir um accesso equitativo aos serviços de saúde, sobretudo para os grupos mais vulneráveis e marginalizados, só possível se houver um renovado empenhamento moral dos países com maiores recursos para ajudarem os países mais necessitados”.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    07 abr, 2021 Funchal 22:12
    Mas isso já era assim à 2000 anos e vai continuar.

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