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"Quem se meter com o PS leva". 10 frases de Jorge Coelho que ficam para a história

07 abr, 2021 - 21:01 • André Rodrigues

Assertivo, frontal, controverso, carismático. Jorge Coelho ficou para sempre ligado à queda da ponte de Entre-os-Rios, em março de 2001, tendo assumido, na altura, a responsabilidade política pelo sucedido. "A culpa não pode morrer solteira", disse no exato momento em que, perante as câmaras e em direto, apresentou ao país a sua demissão de ministro das Obras Públicas, contra a vontade de António Guterres.

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Jorge Coelho, antigo ministro do PS, gestor de empresas e comentador político, morreu esta quarta-feira, aos 66 anos, vítima de ataque cardíaco.

A tragédia da Ponte de Entre-os-Rios e a defesa intransigente do seu partido, onde ajudou a construir as lideranças vitoriosas de António Guterres e José Sócrates, marcaram um trajeto com quase 40 anos de vida pública.

Recorde, agora, 10 frases de Jorge Coelho que ficaram para a história.

  • “A culpa não pode morrer solteira”. Jorge Coelho assumiu integralmente a responsabilidade política pela queda da ponte de Entre-os-Rios e demitiu-se do cargo de ministro das Obras Públicas (março de 2001).
  • “Quem se meter connosco, leva!” Resposta ao antigo bastonário da Ordem dos Advogados, António Pires de Lima, que criticou a tentativa do Governo de reunir apoios entre deputados de vários partidos para a aprovação do Orçamento do Estado (março de 2001).
  • “Passa-se algo de errado quando o fim das organizações se esgota no vértice da hierarquia ou na nomenclatura dirigente. Torna-as fúteis, passageiras e dependentes”. Artigo de opinião no Diário de Notícias sobre o congresso do CDS que ditou a saída de Paulo Portas e a eleição de Ribeiro e Castro (abril de 2005).
  • "Não tenhamos ilusões, Cavaco Silva tem à sua volta um movimento que foi derrotado nas eleições de fevereiro passado e que agora quer desforrar-se". Foi no seu tom habitualmente inflamado que o histórico socialista criticou a relação tensa entre o Presidente da República, Cavaco Silva, e o primeiro-ministro da altura, José Sócrates (janeiro de 2006).
  • “Uma biografia sobre mim por que motivo? Não tenho importância para isso, meu caro amigo!”, em resposta ao jornalista Fernando Esteves quando este lhe disse que tencionava escrever a sua biografia (2008).
  • “Tive uma mãe extraordinária, foi a pessoa mais importante na minha vida”. Entrevista ao Jornal de Negócios (janeiro de 2017).
  • “Nunca tive qualquer depressão por ter altas funções e no dia seguinte já não as ter”. Entrevista ao Jornal de Negócios (janeiro de 2017).
  • “Falar de Mário Soares é falar da liberdade, da democracia em Portugal”. 8 de janeiro de 2017, funeral de Mário Soares.
  • "O engenheiro Sócrates não foi julgado e não está condenado por nada", disse no programa Quadratura do Círculo, da SIC Notícias (março de 2018).
  • "Almeida Henriques era um combatente por Viseu, pelo interior, pelo desenvolvimento do nosso país e pelo poder local democrático”. Jorge Coelho no funeral do presidente da Câmara de Viseu (abril de 2021).
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