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Morreu o histórico socialista Jorge Coelho

07 abr, 2021 - 19:03 • Redação

Ex-ministro, comentador político e empresário tinha 66 anos. Faleceu vítima de doença súbita, na Figueira da Foz.

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O antigo ministro Jorge Coelho morreu esta quarta-feira, confirmou à Renascença fonte do Partido Socialista. O histórico socialista tinha 66 anos.

Jorge Coelho faleceu na Figueira da Foz, de doença súbita, quando visitava uma casa na zona turística da cidade, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. As primeira informações apontavam que o político, empresário e comentador tinha morrido num acidente de viação na sequência de um problema cardíaco.

De acordo com Jody Rato, comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Jorge Coelho, de 66 anos, sentiu-se mal durante a visita a uma habitação na rua da Liberdade, na zona turística do Bairro Novo.

"A senhora que estava com ele ligou para o 112 e quando a nossa equipa chegou ao local ele estava em paragem cardiorrespiratória. Foram feitas manobras de reanimação mas não foi possível reverter a situação", tendo o óbito sido declarado no local, adiantou o comandante.


Fez parte de dois governos socialistas liderados por António Guterres e demitiu-se na sequência da queda da ponte de Entre-os-Rios. "A culpa não pode morrer solteira", disse na sequência do trágico acontecimento.

Tornou-se empresário e entrava todas as semanas em casa dos portugueses através da televisão, em programas de comentário político.

Jorge Coelho estudou engenharia em Coimbra e foi militante de extrema-esquerda antes da revolução do 25 de abril de 1974.

"Uma das mais destacadas personalidades da vida pública portuguesa"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamenta a morte do "amigo" e antigo ministro Jorge Coelho, que faleceu esta quarta-feira aos 66 anos.

"Com o dramático falecimento de Jorge Coelho desaparece uma das mais destacadas personalidades da vida pública portuguesa nas décadas de 70, 80 e 90, em que foi governante, parlamentar, Conselheiro de Estado, dirigente partidário, analista político e gestor empresarial", refere a Presidência da República, em comunicado.


"Reunindo grande intuição, espírito combativo, perspicácia política, afabilidade pessoal e sentido de humor, por entre os escolhos inevitáveis dos apoios e das contraditas, deixou na memória dos Portugueses o gesto singular de assumir, em plenitude, a responsabilidade pela Tragédia de Entre-os-Rios e a capacidade rara de antecipar o sentir do cidadão comum", sublinha a nota de Belém.

O Presidente da República recorda, "com saudade, o amigo e apresenta à sua Família as mais sinceras condolências".

O presidente da Assembleia da República e ex-líder socialista, Ferro Rodrigues, mostra-se chocado e muito triste com a morte do seu amigo e camarada Jorge Coelho, antigo ministro, deputado e dirigente também do PS.

"Recebo, com choque e muita tristeza, a notícia do falecimento de Jorge Coelho, um amigo de há longas décadas. Homem bom e solidário, foi sempre alguém que se bateu por causas, em especial pela democracia e pela igualdade. Foi também um sobrevivente, com quem aprendi a enfrentar as adversidades", lê-se em nota de Ferro Rodrigues, enviada à agência Lusa.

Numa primeira reação, Maria de Belém disse à RTP que Jorge Coelho "era uma pessoa excecional, um amigo de todos os momentos, dos bons e maus momentos, uma pessoa com uma capacidade política extraordinária".

António Lobo Xavier diz ter ficado "bastante comovido" com a notícia inesperada. "Jorge Coelho merece uma palavra e o que tenho dito é que não me lembro do político, do dirigente do PS, lembro-me do Jorge Coelho que conheci nesses longos anos de debate e profissionalmente, lembro-me das qualidades dele como homem. A sensibilidade, a profunda lealdade, culto da amizade", declarou à RTP o colega do programa Circulatura do Quadrado.

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