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A PANDEMIA VISTA PELAS CIÊNCIAS SOCIAIS

“A antropologia nunca foi só o estar lá. A pandemia ajudou a consolidar alguns aspetos da leitura da realidade, a demorarmo-nos”

26 mar, 2021 - 07:00 • Fábio Monteiro

A antropologia” não tem voz”. “Na televisão, vemos economistas, politólogos, gestos. São eles que ditam quem o mundo é”, diz Humberto Martins, antropólogo e professor universitário, em entrevista à Renascença. Para o especialista, o Governo devia ter recorrido aos cientistas sociais para sensibilizar a população para o novo coronavírus. Poderiam ter colaborado em “campanhas de esclarecimento, de saúde pública, de educação para a saúde pública, educação para a higiene”.

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Todas as ciências são iguais (em importância), mas, parafraseando Orwell, "umas são mais iguais que outras". As ciências sociais, e a antropologia em particular, tudo indica, caem no segundo grupo. Prova disso é o tempo de antena que têm politólogos, economistas e, por estes dias, especialistas em saúde.

“A antropologia não tem voz. Na televisão, vemos economistas, politólogos, gestores. São eles que ditam quem o mundo é, deve ser, poderia ser, tem de ser, poderá ser. Só eles é que nasceram iluminados para dizer o que o mundo tem de ser”, diz Humberto Martins, antropólogo e professor universitário, em entrevista à Renascença.

Aquando do início da pandemia, no ano passado, o antropólogo lançou a ideia do blogue “Confinaria – Etnografias em Tempos de Pandemia”, uma iniciativa abarcada pelo Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA).

A intenção era “convidar as pessoas a descrever o real”. “Olhar aos detalhes, às rotinas, à forma como cortas a cebola, ao modo como tu acendes a televisão, ao modo como te chateias com a tua companheira ou companheiro; o modo como gritas com os teus filhos, com a lengalenga diária. Era singelamente isto, aberto ao mundo”, explica.

A pandemia levou a um abrandamento da produção científica, mas isso não é necessariamente negativo. “Este tempo de maior retiro, mas também de maior reflexividade sobre alguns temas, porventura até ajudou a algo que me parece muito interessante e que merece ser refletido que é consolidarmos alguns aspetos de leitura da realidade, a demorarmo-nos, a estruturarmos melhor algumas leituras que fazemos”, diz.

Em abril do ano passado, ou seja, durante o primeiro confinamento geral, escreveu no blogue “Confinaria” um texto sobre a experiência de observar o mundo por uma janela, em que fazia referência ao filme Janela Indiscreta, de Hitchcock. Neste momento, ainda se sente o fotógrafo L.B. Jeffries?

[Risos] Não. Deixei de observar tanto à janela, já abdiquei dessa prática de estar a observar as experiências dos vizinhos em frente, entre aspas e sem aspas, a cusquice, que naquele período foi aumentada; justamente como no filme do Hitchcock, o autor não podia sair dali por questão de saúde.

Era um observador forçado.

Exatamente. A condição assemelhava-se. Hoje demoro-me menos, para ser honesto, a olhar para as janelas das outras pessoas. Também por outra razão: nesse episódio que conto, havia um conjunto de pessoas que estavam ali [num banco na rua] sistematicamente sentadas.

Foi uma espécie de microgrupo de amigos, vizinhos, que se foi juntando ali - indevidamente, não é, porque não se podia na altura; eles estavam ali, bebiam umas cervejas. Só que agora as pessoas já não o fazem.

A antropologia, as ciências sociais, estão suspensas desde março do ano passado?

O confinamento trouxe mudanças comportamentais e mudanças na praxis de toda a gente, inclusive dos cientistas sociais. Isso é indiscutível. A antropologia, em particular, privilegia a pesquisa com envolvimento no terreno, trabalho de campo com observação participante – o que justamente esteve na base do blogue “Confinaria”; a ideia era continuarmos a observar o mundo, a partir das nossas varandas, das nossas casas.

As ciências sociais estão suspensas? Não creio. Até tem existido bastante produção. Eu próprio, com um colega, acabei por editar um livro [“Trabalho de Campo: Envolvimento e Experiências em Antropologia”] neste período, mas, obviamente, já estava no prelo.

Agora, do ponto de vista das pesquisas no terreno, no sentido de uma presença física, das pessoas nos contextos, essas podem estar a ser inibidas. Mas, na verdade, com o blogue sentimos que há muita coisa a ser feita, com novas modalidades, novas criatividades.

A ciência social continua a ser feita, em modalidades mais reflexivas, em modalidades que obrigam a trabalho com mais pesquisa documental; também têm sido desenvolvidos imensos inquéritos. Digamos que os cientistas sociais acabaram por reinventar-se nas suas modalidades de olhar o mundo.

Mas uma pandemia não é um entrave colossal ao trabalho etnográfico? Estamos a falar de uma prática que necessita de observação no terreno do sujeito observado.

Obviamente que houve uma quebra, que se percebe, por limitações formais, que os próprios investigadores têm. Não há possibilidade de estar em muitos contextos, de circular, viajar. Existem algumas alternativas que têm sido propostas, que passam por formas de pesquisar "online", as chamadas etnografias "online".

Obviamente que não são a mesma coisa, não vale a pena estar aqui a "dourar a pílula". Não há o contacto físico, a presença física, que nós antropólogos tanto valorizamos; a interação, contacto com as pessoas, o falar, o estar lá, que é uma marca da antropologia.

Ao mesmo tempo, a antropologia nunca foi só o estar lá. A própria ideia original do "Confinaria" são textos que apontam esse ponto, desde a tua própria varanda, podes ir observando realidades. O que aconteceu foi que as pessoas conseguiram dar, de várias varandas, de vários contextos, várias leituras, de como as pessoas estão a experienciar o confinamento, a pandemia.

Este tempo de maior retiro, mas também de maior reflexividade sobre alguns temas, porventura até ajudou a algo que me parece muito interessante e que merece ser refletido. Ajudou-nos a consolidar alguns aspetos de leitura da realidade, a demorarmo-nos, a estruturarmos melhor algumas leituras que fazemos.

Porque, na verdade, antes da pandemia, e um bocadinho à semelhança do que é todo o mundo ocidentalizado, capitalista, neoliberal - podemos ir buscar outros jargões que marcam as agendas discursivas contemporâneas -, já vivíamos num tempo de "fast science" [conhecimento científico produzido com muita rapidez, sem grande reflexão]. Uma "fast science", com indicadores muito concretos, produtivista, bibliométrica, no qual os investigadores escreviam muito rapidamente sobre várias coisas.

A verdade é que a pandemia, porventura, pode [ter ajudado]. Ainda não fiz uma análise sistemática do que estamos a viver, mas aquilo que acho que o blogue "Confinaria" nos permitiu perceber foi que há dimensões da experiência humana que têm de ser tomadas com maior e mais detalhada atenção. E isso parece-me muito importante.

Concordaria, então, se dissesse que a pandemia foi uma oportunidade única para pensar?

Absolutamente. Quer dizer, não vamos justificar o mal com o bem, ou o bem com o mal, mas a verdade é que é isto. Há por aí muita coisa interessante que foi produzida.

Muitos [cientistas sociais] apontam é que esta crise ou esta crise sindémica, como outros chamam, pudesse, poderá, poderia ajudar a mudar o status quo social, económico, também ele facilitador desta pandemia, desta sindemia [fusão de sinergia e pandemia]. E que status quo é esse? É um dominado pelo aceleramento exagerado da experiência humana e inclusive da forma de apropriação de tudo o resto pelos humanos.

A forma como nos relacionamos com os recursos naturais, o modo como nos relacionamos, por exemplo, com os outros animais, como eles entram na nossa alimentação. O modo como nós consumimos carne, a facilidade com que nós viajamos, circulamos, como vamos a uma feira de calçado em Itália e passado 10 minutos estamos em casa, em Paços de Ferreira, na nossa família, a celebrar um aniversário - só para ancorar um elemento muito concreto que esteve eventualmente ligado a uma das portas de entrada da pandemia em Portugal.

Agora, o que estes investigadores nos convidam é também a pensarmos como o conjunto de sociedades ditas ocidentais, ditas desenvolvidas, modernas, como elas próprias estão organizadas, inclusive a questão do tempo. É que nós próprios nos submetemos à tirania de um tempo hiperacelerado.

Eu pessoalmente participo por semana em dezenas de webinares. Estamos num tempo que já nem estando em casa temos tempo para a família, submetemo-nos a horários mais duros, à pressão de estarmos em todos os webinares permanentemente.

Não está saturado?

Gosto de um verbo já há muitos anos, mesmo filosoficamente: abdico muito. Pode soar a conversa para fins de autoelogio, mas eu digo que não é. Sou muito disciplinado nesse tempo. Por exemplo, não cedo um fim de semana ou uma noite para estar num webinar. Não o faço. Tenho filhos, gosto de demorar-me a cozinhar. A fazer desporto todos os dias. Não quero sucumbir à pressão deste tempo neoliberal, capitalista.

Mesmo no âmbito destes webinares, também me parece exagerado entrarmos numa dimensão analítica, híper-reflexiva, como se o papel do cientista social ou o cientista social tivesse também um dom especial para da "laranja só extrair o sumo", não sei se a metáfora é clara.

Deixando toda a outra parte, que é uma parte substancial e importante, a fibra, a casca, como se o cientista social tivesse esse dom proeminente de ser ele próprio aquele que extrai apenas o melhor da laranja.

Isto para dizer o seguinte. O "Confinaria", na sua proposta original, e eu fui o autor da proposta original, era muito singelo, sem pretensão alguma de ser algo de excecional. Até sugiro algo: era anti evento, era anti qualquer coisa de importante. O propósito era muito simples: pedir às pessoas que desde os seus lugares de vida quotidiana que pudessem ir relatando as experiências dos seus confinamentos. Sem grandes pretensões analíticas, com valorização do detalhe.

Olhar aos detalhes, às rotinas, à forma como cortas a cebola, ao modo como tu acendes a televisão, ao modo como te chateias com a tua companheira ou companheiro; o modo como gritas com os teus filhos, com a lengalenga diária. Era singelamente isto, aberto ao mundo.

Por isso é que no blogue, desde os seus primeiros momentos, nós aceitamos tudo. E não colocámos ali entraves linguísticos, por exemplo. E até pessoas que nos escrevessem de Itália, da China, mesmo que nós não entendêssemos. O ponto era exatamente esse. Essa era intenção original do blogue, convidar as pessoas a descrever o real, a descrever a realidade.

Porque também um dos problemas que aqui muitas vezes se coloca é a crítica que fazia a alguns autores. O Boaventura de Sousa Santos tem aquele ensaio sobre o vírus e a pandemia.

“A Cruel Pedagogia do Vírus”.

Exatamente. Aliás, já o dou nas minhas aulas. Eu aí já sucumbi a esse tempo acelerado. Mas ele tem aquela publicação em abril de 2020, se não estou em erro. Sem distância nenhuma, sem capacidade de mastigarmos ainda a realidade, como se o investigador, o próprio Boaventura de Sousa Santos não vivesse numa condição de confinamento. Ele próprio tivesse uma lucidez excecional para sair de si e criar uma espécie de alter-ego analítico.

A nossa proposta [o blogue "Confinaria"] foi muito humilde nesse ponto. Tivemos um trabalho editorial mínimo. Um dos papéis das ciências sociais é dar espaço à observação. Porque o problema do mundo, e é por isso que as ciências socias são importantes, é que nós muitas vezes, como dizia um dos pais fundadores da sociologia, o Sedas Nunes, não fazemos mais que reconhecer. E não conhecemos verdadeiramente. E o reconhecer é simplesmente continuarmos a enquadrar as nossas categorias, os nossos pré-conceitos no mundo.

No livro, o Boaventura afirma que a pandemia da Covid-19 “é a forma com que nosso planeta está dizendo que basta”. Calculo que não tenha a mesma interpretação.

Essa pretensão de uma epistemologia do impossível, de me por a falar em nome do planeta, é um bocado uma arrogância um bocado desmesurada e, digamos, impossível. O que nos dizem os biólogos que escrevem a história natural do planeta?

Dizem-nos uma coisa muito importante: nós desapareceremos tranquilamente, como é devido, expectável, no âmbito do curso normal da história do planeta, da história biológica do planeta. Nós humanos, claro, isso não tem nada a haver com o antropoceno, independentemente de haver maior ou menor aceleramento, maior ou menor capitalismo.

Acho que as ciências sociais, a grande responsabilidade das ciências sociais, é produzir bom conhecimento, conhecimento situado. Importância à descrição, ao detalhe, atenção à facticidade. Às coisas pelas quais as pessoas passam e não, pelo contrário, à especulação.

Não à projeção, algo uma certa sociologia esquece permanentemente, porque olha para os grandes números, porque olha para as estatísticas, porque prefere produzir regularidades, ensaios sobre a regularidade.

Prefere produzir declarações de normalização e normatividade, esquecendo que cada vida é singular à própria experiência. E acho que esse é justamente o papel que o "Confinaria" quis ter, que as pessoas fossem capazes de contar, sem tentativa alguma de criar coerência sobre o quer que seja, a sua experiência. Isso também é uma coisa muito importante. Um radicalismo existencial ou experiencial. Não é criar coerência.

Falou em grandes números – quando parece que estamos no tempo deles. Tendo em conta o que disse, faria sentido o Governo ter especialistas das ciências sociais, antropólogos, na sua equipa, no momento de decretar medidas do estado de emergência.

Absolutamente. O webinar [do "Confinaria"] no outro dia disse-nos duas coisas. A pandemia não é sentida nem vivida nem experienciada, nem possibilitada da mesma forma a todos.

Há uma diversidade que deve ser entendida, enquadrada. E justamente com base nisso contribuir com conhecimento que pudesse indiciar algumas alterações nas medidas, nas políticas, acho que como é óbvio faz toda a falta. Porque, na verdade, a pandemia ou a sindemia, tem raiz biológica.

O vírus existe, viverá, precisa de nós. Só que também que [a disseminação] depende das experiências socias dos indivíduos. O [antropólogo] Jean Segata dizia precisamente isso. Se há uma pessoa que vive numa favela, mora num metro quadrado de casa, e a um metro está outra família, as condições de contágio são diferentes quando a outra casa está a 50 metros e com um jardim pelo meio.

São condições objetivamente diferentes. E, portanto, sabemos que este vírus e o modo conforme está a ser trabalhado, lidado politicamente hoje em dia, é tão biológico como social e tão social como biológico. Por isso é que essa integração [de especialistas das ciências sociais] devia ter sido estimulada também no âmbito das políticas.

Consegue-me dar algum exemplo?

Não tenho muito pensamento sobre isso e não quero estar a especular. Queria ter um pensamento mais musculado sobre isso. Acho que por exemplo a questão do [não encerramento] das escolas. E a correção que acabou por ser feita.

Se estivesse presente na reunião em que se decidiu o novo confinamento, o que diria?

Não sei. Nestas coisas, imagino sempre estes exercícios como nas reuniões em que vou participando. Qualquer reunião ou qualquer momento só é entendido tivermos lá e for vivido. Como diz um amigo meu: é uma coisa muito fenomenológica. Ou seja, é tu teres medo de intervir, participar. Só estando lá é que haveria capacidade de perceber bem.

Não quero fazer aqui o que acho que é incorreto e no qual acho que as ciências sociais não podem participar: é alimentar a especulação a partir de exercícios projetivos, que muitas vezes correspondem ao que se está a passar.

Não querendo entrar no campo pessoal, mas num dos textos do "Confinaria" conta que a sua companheira trabalha no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. Não sei se ela está agora na linha de combate à Covid-19. Mas gostava de saber se conversam sobre a experiência – porventura díspar – das vossas vocações neste momento da História.

Claro. Muito. Não está na linha da frente, mas já participou nos inquéritos epidemiológicos, durante um período, como trabalha com cianobactérias. O Instituto Ricardo Jorge tem tentado envolver todos os investigadores que estão bem habilitados. Um exemplo muito banal e muito prosaico: desde logo, pipetar fazer uma recolha de uma amostra. Atenção, aquilo é preciso técnica. Não são todos que sabem fazer aquilo, manusear com segurança um vírus.

Como diria um amigo meu, eu a minha companheira, nesta casa, há muito que convivemos com o inimigo, que na verdade é amigo. Nós temos milhões de bactérias e vírus e microrganismos permanentemente à nossa volta. E a minha companheira, que se chama Elsa, desde que estamos juntos, que quando olha o mundo, também o olhamos a uma nano escala.

Sabemos quando uma mala de uma pessoa está no chão e é depois posta em cima da mesa para tirar uma máscara. Pronto, já se está ali a abrir uma porta para qualquer coisa mais que não controlam. Porquê? Essa é justamente a fluidez normal de um vírus.

Obviamente as pessoas não pensam a sua vida a uma escala nano. Era importante, por isso, campanhas direcionadas para várias populações, nas quais os cientistas sociais poderiam ter colaborado. Campanhas de esclarecimento, de saúde pública, de educação para a saúde pública, educação para a higiene. Campanhas de educação no sentido mais ditatorial do termo, quase compulsivas.

Não me respondeu à segunda parte da pergunta... sobre a sua vocação poder ser menorizada por comparação com a da sua companheira.

Não é [menosprezada] neste momento da história, é sempre. Como é óbvio. Muito taxativamente. As ciências sociais e humanas e particularmente a antropologia são um saber marginalizado, em Portugal, na Europa, e no mundo.

Depois, há vários contextos, onde tem maior centralidade. Na Noruega, em certos momentos no Brasil. Nestes últimos dois mandatos, do Temer e Bolsonaro, muitos antropólogos têm sido declarados formalmente "personae non gratae", coisas muito graves.

A resposta só pode ser esta: as ciências sociais e humanas e em particular a antropologia não têm voz. Ouvimos o Miguel Vale de Almeida falar num programa na RTP3, mas não enquanto antropólogo propriamente dito.

Quem vemos nas televisões? Agora, legitimamente ou não, isso também merecia alguma discussão, médicos, farmacêuticos, biólogos, enfermeiros, etc, etc. E quando não é isto, vemos economistas, politólogos. São eles quem ditam quem o mundo é, deve ser, poderia ser, tem que ser, poderá ser. Os politólogos, e os gestores, e os economistas é que mandam no mundo, não é? Só eles é que nasceram iluminados para dizer o que o mundo tem de ser.

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