22 mar, 2021 - 17:33 • Ana Lisboa
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou, esta segunda-feira, uma "grande campanha de sensibilização para a situação dramática que se vive em África, um continente mergulhado em conflitos, pobreza profunda e devastado também por graves problemas ao nível da saúde, nomeadamente por causa da pandemia do coronavírus".
Com esta iniciativa, que tem o apoio oficial da Renascença, pretende-se, "acima de tudo, mobilizar os portugueses para a urgência do apoio humanitário para muitas comunidades que estão numa situação muito precária, vítimas de ataques de grupos armados e que precisam de ajuda para a própria sobrevivência no dia a dia", explica a diretora do secretariado nacional da Fundação AIS.
Catarina Martins Bettencourt lembra que "há milhares de pessoas em África que têm fome, doenças, que são perseguidas por serem cristãs. São pessoas que precisam de ajuda material, mas também de orações". E, nesse sentido, convoca os portugueses para rezarem "como nos pediu Nossa Senhora".
Esta responsável sublinha que para esta Fundação Pontifícia, "a oração e a partilha estão de mãos dadas" e, explica, "são dois dos pilares da nossa organização, assim como a informação. Neste caso concreto, face ao agravamento da situação humanitária em várias regiões de África, com milhares de pessoas em grande sofrimento, impunha-se não só mobilizar a solidariedade dos portugueses para a ajuda concreta a quem está de mãos vazias, mas também rezar por todas estas famílias, estes homens, mulheres e crianças que precisam de nós".
Por isso, para que os portugueses se juntem à Fundação AIS nesta campanha por África, "vai ser distribuído um Terço, feito em madeira de oliveira por cristãos da Terra Santa, que é por si próprio também um símbolo da solidariedade necessária junto das comunidades que mais sofrem, que mais são perseguidas".
A campanha pode ser acompanhada nas plataformas da Renascença. Encontra mais informação no seguinte link.
Esta iniciativa insere-se num projeto mais vasto por África. Recorde-se, que nesta Quaresma, a Ajuda à Igreja que Sofre publicou um livro intitulado 'Via Sacra África' escrito por D. Jesús Ruiz Molina, que o Santo Padre nomeou este mês de Março como Bispo de Mbaïki, na República Centro-Africana, e que tem reforçado os seus apelos a favor de Cabo Delgado, a região de Moçambique, palco de constantes ataques terroristas desde Outubro de 2017.