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Covid-19

Rede de Emergência Alimentar apoiou 79 mil pessoas com 1.800 toneladas de alimentos

18 mar, 2021 - 21:14 • Sandra Afonso

Pandemia deixou cada vez mais famílias em situação "extremamente difícil" e de "desespero". No último ano, foram recebidos cerca de 26.400 pedidos de ajuda.

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A rede de emergência alimentar já distribuiu cerca de 1.800 toneladas de alimentos por mais de 79 mil pessoas

É o balanço de um ano de atividade, quando passam 365 dias desde que foi criada esta resposta às populações mais desfavorecidas, que ficaram numa situação "extremamente difícil e de grande desespero", uma consequência social da crise pandémica.

A Rede de Emergência Alimentar é uma iniciativa da ENTRAJUDA, articulada nos Bancos Alimentares Contra a Fome e assente nas respostas socais existentes. Foi criada "com o objetivo principal de acautelar o risco de situações de rutura de apoio alimentar, de isolamento e de desespero", explica a organização em comunicado.

Um risco que "aumentou súbita e exponencialmente, em virtude do encerramento das respostas sociais de apoio, normalmente disponibilizadas, e de uma redução do número de técnicos, auxiliares e voluntários que asseguravam o seu funcionamento, em virtude do confinamento e das medidas de proteção da saúde pública entretanto adotadas", conclui.

Durante o último ano, receberam quase 26.400 pedidos de ajuda. As pessoas necessitadas foram inscritas numa plataforma informática e encaminhadas para um ponto de entrega de alimentos próximo da respetiva residência. Uma operação montada com a ajuda de mais de mil voluntários, espalhados por 234 instituições.

No entanto, ao todo mais de 900 instituições receberam apoio da Rede de Emergência Alimentar.

"Devidamente protegidos, os voluntários realizaram, em horário e local definidos, o transporte dos produtos para os pontos de entrega ou mesmo para as residências das pessoas carenciadas mais fragilizadas, reduzindo assim o número de pessoas em circulação, mas garantindo o abastecimento e envolvendo as estruturas já existentes e canais já montados", explica o comunicado.

Nestes 12 meses, compraram mais de 2 milhões e 900 mil euros em alimentos para distribuir. Receberam ainda 30.880 refeições de dez restaurantes e uma escola, do Porto ao Algarve, que foram entregues a famílias com carências comprovadas.

Segundo Isabel Jonet, Presidente da ENTRAJUDA e da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, “foi essencial, no respeito pelas recomendações das autoridades de saúde pública, estruturar uma rede de apoio que, acautelando higiene e segurança, permitisse alimentar e apoiar pessoas desfavorecidas”.

A responsável sublinha também que “a Rede de Emergência Alimentar teve ainda a virtude de congregar e reforçar as respostas sociais, em alguns casos suscitando o aparecimento de novos apoios, e abasteceu com produtos entidades que puderam, assim, levar alimento a famílias que não conheciam a situação de pobreza na qual caíram de forma súbita”.

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