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AstraZeneca. OMS "está a rever os dados disponíveis" sobre a vacina

15 mar, 2021 - 21:50 • Redação com Lusa

Vários países europeus decidiram suspender a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, incluindo Portugal, Espanha ou França, devido a registo de várias reações adversas.

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O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se na terça-feira para discutir a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, anunciou o diretor-geral.

Na videoconferência de imprensa da OMS sobre a evolução da pandemia, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que o comité "está a rever os dados disponíveis" sobre a vacina da AstraZeneca e reunir-se-á na terça-feira.

O anúncio surge quando vários países europeus decidiram, por precaução, suspender a administração desta vacina após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com esta vacina. Portugal é um desses países.

Tedros Adhanom Ghebreyesu referiu que, apesar de não haver uma ligação entre a vacina e os casos reportados, "constitui boa prática investigá-los". De qualquer modo, o comité de peritos da OMS para a segurança das vacinas "está em contacto estreito" com Agência Europeia do Medicamento, que se reúne na quinta-feira para avaliar o fármaco.

Na quinta-feira passada, o regulador europeu do medicamento indicou que não existem provas de um aumento de risco de coagulação sanguínea em pessoas vacinadas com este fármaco contra a covid-19.

A OMS tem defendido que "não há razão para não usar esta vacina".

O grupo farmacêutico anglo-sueco assegurou, por sua vez, não haver "qualquer prova da existência de um risco aumentado" de se verificarem coágulos sanguíneos causados pela sua vacina. Um investigador da Oxford fala em "evidências muito tranquilizadoras".

Portugal e mais quatro suspendem vacina


Portugal é o mais recente país europeu a suspender a vacina da AstraZeneca para a Covid-19, depois de terem sido registados várias situações de coágulos sanguíneos em pessoas que tomaram o fármaco.

A suspensão, por "precaução extrema", foi anunciada no mesmo dia em que Espanha, Alemanha, França e Itália tomaram decisão semelhante.

O coordenador da "task force" do plano de vacinação, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, admitiu que, face à suspensão do fármaco da AstraZeneca, "o processo de vacinação fica ligeiramente atrasado".

A Direção-Geral de Saúde e o Infarmed tinham afirmado, no domingo, que a vacina da AstraZeneca podia continuar a ser administrada, frisando que não há evidência de ligação com os casos tromboembólicos registados noutros países. Contudo, um dia depois, a direção mudou.

Em Portugal foram registados dois casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que tomaram a vacina, mas são distintos de outros ocorridos na Europa. "Essas situações estão totalmente em recuperação”, sublinhou o presidente do Infarmed, Rui Ivo.

“Apesar de as reações adversas serem graves, são extremamente raras”, acrescentou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na mesma conferência de imprensa que Rui Ivo, esta segunda-feira.

A responsável pela DGS sublinha que estão notificados apenas alguns casos e que já foram administradas 17 milhões de doses na Europa.

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