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Nigéria

Novo rapto de alunos leva Guterres a pedir à Nigéria que garanta segurança nas escolas

12 mar, 2021 - 20:39 • Lusa

Os raptos em escolas na Nigéria tornaram-se já um acontecimento frequente. No dia 2 de fevereiro já tinham sido levadas perto de 300 alunas que entretanto foram libertadas.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou esta sexta-feira às autoridades nigerianas para garantirem a segurança nas escolas, depois de um novo rapto de estudantes numa instituição de ensino no noroeste do país.

Através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, Guterres condenou o rapto e exigiu a libertação “imediata e incondicional” dos estudantes que até ao momento não foram resgatados.

De acordo com as autoridades locais, homens armados atacaram a Escola Superior de Mecanização Florestal, na zona de Mando, no estado de Kaduna, na noite de quinta-feira.

As forças do Exército conseguiram salvar um total de 180 pessoas, na sua maioria estudantes, mas pelo menos 30 alunos continuam por encontrar, segundo o Governo nigeriano.

“O secretário-geral insta as autoridades a salvaguardar as escolas para garantir o direito à educação num ambiente seguro”, disse Dujarric na sua conferência de imprensa diária, citado pela agência noticiosa Efe.

Dujarric recordou que os ataques a escolas são “uma grave violação” dos direitos humanos e que as escolas devem ser sempre “espaços seguros” para as crianças.

A Nigéria sofreu já vários incidentes deste tipo desde o início do ano.

No passado dia 2, um total de 279 alunas raptadas em 26 de fevereiro no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria, foram libertadas.

O rapto em Zamfara, que as autoridades atribuíram a “bandidos” ativos na região, ocorreu, por sua vez, duas semanas depois do rapto por homens armados de 38 alunos e professores de uma escola em Kagara, no estado nigeriano do Níger, e que acabaram também por ser libertados.

Em 11 de dezembro de 2020, 344 estudantes foram sequestrados de uma escola em Kankara, no estado de Katsina, no noroeste, num ataque reivindicado pelo grupo jihadista Boko Haram, que até então se tinha limitado a ataques no nordeste do país.

Os estudantes foram localizados e resgatados uma semana mais tarde, depois de uma resposta rápida pelas forças de segurança no estado vizinho de Zamfara.

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