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Covid-19: OMS critica reação lenta de alguns países após declaração de emergência

08 mar, 2021 - 18:42 • Lusa

Quando foi declarada emergência, a 30 de janeiro do ano passado, "fora da China havia menos de 100 casos de covid-19 e não havia mortos", afirma o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde.

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Alguns países reagiram lentamente à declaração de emergência sanitária global em janeiro do ano passado, desperdiçando-se uma "janela de oportunidade" para evitar a pandemia de covid-19, lamentou esta segunda-feira o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS)

"A 30 de janeiro de 2020 foi declarada a emergência sanitária global sobre a disseminação de um novo coronavírus. Naquele momento, fora da China, havia menos de 100 casos de covid-19 e não havia mortos", recordou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

A partir desta altura, a OMS continuou a "avisar que o mundo tinha uma pequena janela de oportunidade para preparar e evitar uma potencial pandemia", mas, nas semanas seguintes, o número de países afetados e de casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 "cresceu rapidamente".

Perante isso, a organização considerou a covid-19 como uma pandemia a 11 de março de 2020.


A emergência de saúde pública de interesse internacional é o mais alto nível de alarme de âmbito global, salientou o responsável da OMS, ao assegurar que, nas próximas semanas, a organização com sede em Genebra continuará a "fazer soar este alarme de forma clara".

"Uma das coisas que ainda precisamos de perceber é a razão pela qual alguns países agiram rapidamente, enquanto outros foram mais lentos na sua reação", adiantou Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao deixar claro que a OMS fez "soar o alarme" a 30 de janeiro e não a 11 de março.

A OMS está focada atualmente em "apoiar todos os países a terminar a pandemia com as vacinas e com as medidas de saúde pública que têm sido a base da resposta durante 15 meses", assegurou o diretor-geral da OMS, ao alertar que os países não "podem desperdiçar o pregresso feito".

"Nós temos a ferramentas para controlar a pandemia, mas apenas podemos fazê-lo se as utilizarmos de forma consistente e equitativamente", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.565 pessoas dos 810.459 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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