Pedro Vidal faz dueto com Jorge Palma na sua aventura a solo

Considera-se “um sortudo”. Pedro Vidal, guitarrista e diretor musical de Jorge Palma lançou-se numa carreira a solo com o projeto Desconetados. “Frio do Inverno” é o segundo single que apresenta e conta com um dueto com Jorge Palma.

Vidal está a aproveitar o tempo de confinamento para trabalhar no disco, "Liberdade Incondicional" que deseja lançar ainda este ano. O álbum, com 10 temas, conta também com a participação de nomes como Mário Laginha, Mário Barreiros e Carlos Tê.

Em entrevista ao programa Ensaio Geral da Renascença, a partir do seu estúdio, Pedro Vidal conta que, enquanto o disco não está fechado, vai lançando singles.

“Frio do Inverno” é o tema que está agora a divulgar ao público e que conta com um dueto com Jorge Palma. Sobre a música diz que “revela um bocado a necessidade de transição e insatisfação por caminhos tomados”.

O tema conta essa história de mudança e, quando começou a trabalhar na música, Pedro Vidal admite que começou logo a pensar no dueto com Palma.

“Como conheço bem o timbre, a voz e a maneira de cantar, por ser músico dele há muitos anos, achei desde o início que o Jorge ia encaixar mesmo bem nesta música”, conta Pedro Vidal que viu Palma a aceitar o desafio e que contou com o arranjo de cordas de Filipe Melo, no tema. O pianista “encontrou o tom certo para a música”, diz Pedro Vidal.

Nesta entrevista ao programa Ensaio Geral da Renascença, o músico explica que as quatro músicas com a assinatura de Carlos Tê “eram temas que ele tinha, antigos e que decidiu emprestar” a Vidal para ele "experimentar".

O resultado vai integrar o disco, diz Pedro Vidal, que confessa a “admiração gigante pelo Tê” que nas suas palavras “é mesmo um homem das canções”. A admiração estende-se também a Mário Barreiros, “um produtor fantástico” considera o músico que se sente “abençoado” por poder trabalhar com estes dois profissionais da área.

Pedro Vidal revela que o disco contará também com um tema com o pianista Mário Laginha, “que neste momento está ainda um bocado em segredo”. O disco que chegou a estar pensado para sair em fevereiro, só deverá conhecer a luz do dia em setembro.

“Ao mesmo tempo que estamos a atrasar, permite-me fazer crescer as canções, melhorar o que acho que não está no ponto certo”, conta Pedro Vidal num tom muito calmo. O músico prefere ter um discurso positivo perante a paragem abrupta no mundo dos espetáculos. “Temos sempre que ver o lado positivo”, faz questão de sublinhar

Com confessadas saudades do palco, Pedro Vidal que é também produtor musical e que trabalhou na série “Filhos do Rock” diz ao Ensaio Geral da Renascença que a paragem na atividade “tem consequências financeiras e psicológicas” que também o afetam. Ainda assim diz optar por “encontrar força e motivação para continuar a trabalhar”.