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Irmãs Clarissas inglesas chegam aos tops da música eletrónica

05 mar, 2021 - 11:41 • Olímpia Mairos

“Lights for the World” ou “Luzes para o mundo”. O álbum das religiosas do mosteiro de Sussex combina hinos sagrados, ecos do gregoriano e textos de S. Francisco e Santa Clara com música eletrónica e está nos tops de Inglaterra.

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Um verdadeiro fenómeno musical que atingiu os picos das tabelas inglesas e que se prepara para fazer o mesmo no resto da Europa.

Chama-se “Lights for the World”, em português “Luzes para o mundo”. É um CD gravado por 23 religiosas Clarissas de Arundel, uma povoação do West Sussex, no sul de Inglaterra, a 100 quilómetros de Londres.

A obra musical resulta de um empenho paciente, entrançado de exercícios, ensaios de canto e sessões de gravação, e conjuga hinos sagrados, ecos do gregoriano e textos de S. Francisco e Santa Clara com música eletrónica.

“Agrada-nos que todos possam conhecer a essência das nossas vidas, aquilo em que acreditamos e aquilo que nos traz alegria. E encorajou-nos pensar que há uma grande necessidade de ajudar as pessoas a encontrar um sentido de paz interior, e até a beleza dentro de si”, referiram as religiosas ao Messaggero di Sant'Antonio.

Publicado pela Decca, o CD, com 16 faixas musicais, encabeça todos os tops ingleses e prepara-se agora para conquistar outros públicos com a sua distribuição a nível mundial.

“Não o fizemos para nos tornarmos famosas”

Gravar um disco não estava nos projetos das irmãs clarissas. O desafio foi lançado há anos às religiosas por dois produtores e compositores, James Morgan e Juliette Pochin, que “nutriam o desejo de unir a música sacra a um som mais próximo dos nossos tempos, casando o canto medieval a algumas matizes eletrónicas”, explicam as religiosas.

“Convidámos Morgan para uma das nossas orações de Vésperas: sinceramente, pensávamos que, depois de nos ter escutado, mudaria de ideias”, recorda ao Messaggero di Sant'Antonio a Ir. Gabriel, acrescentando que, “em vez disso, disse-nos que tinha apreciado muitíssimo o tom do nosso canto”.

A religiosa refere que inicialmente tiveram muitos receios e sentiram alguma insegurança em tornar públicos os seus cantos, mas a ajuda dos especialistas ajudou-as a vencer os medos.

“Não o fizemos, seguramente, para nos tornarmos famosas. Agrada-nos que todos possam conhecer a essência das nossas vidas”, afirma a religiosa.

Segundo a Ir. Gabriel, “realizar tudo isto foi uma grande aventura. Descobrimos uma alegria profunda nesta música e agora esperamos que possa chegar a muitas vidas, levando paz, amor e um sentido de bem-estar a todos aqueles que escutam e não apenas a quem acredita”.

Durante oito meses, todas as quartas-feiras à tarde, as Clarissas de Arundel ensaiaram o repertório sob a orientação de Juliette Pochin, meio-soprano, e depois gravaram as faixas, completando a obra em março de 2020.

Para gravar o disco, as religiosas colocaram como condição que todas as irmãs pudessem participar no coro e nenhuma fosse excluída, nem sequer aquelas com menos “ouvido” musical.

O núcleo do coro foi composto por duas dezenas de clarissas e uma delas completou 90 anos precisamente no termo das sessões de gravação.

O desejo das clarissas é chegar sobretudo aos jovens, sendo que os lucros do álbum são destinados a obras de solidariedade.

O convento de Arundel foi fundado em 1886, a pedido da duquesa de Norfolk, Flora, cujo marido colocou à disposição um terreno. O dia das irmãs é marcado pelos tempos de oração, desde o despertar, às 5h30, às Completas, às 20h00, sendo que o canto faz parte da sua rotina comunitária.


Durante oito meses, todas as quartas-feiras à tarde, as Clarissas de Arundel ensaiaram o repertório sob a orientação de Juliette Pochin, meio-soprano, e depois gravaram as faixas, completando a obra em março de 2020.

Para gravar o disco, as religiosas colocaram como condição que todas as irmãs pudessem participar no coro e nenhuma fosse excluída, nem sequer aquelas com menos “ouvido” musical.

O núcleo do coro foi composto por duas dezenas de clarissas e uma delas completou 90 anos precisamente no termo das sessões de gravação.

O desejo das Clarissas é chegar sobretudo aos jovens, sendo que os lucros do álbum são destinados a obras de solidariedade.

O convento de Arundel foi fundado em 1886, a pedido da duquesa de Norfolk, Flora, cujo marido colocou à disposição um terreno. O dia das irmãs é marcado pelos tempos de oração, desde o despertar, às 5h30, às Completas, às 20h00, sendo que o canto faz parte da sua rotina comunitária.

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