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Sobrevivente do desastre da Chapecoense volta a enganar a morte, desta vez num autocarro

04 mar, 2021 - 13:34 • Hélio Carvalho

Há mais de quatro anos, Erwin Tumiri sobreviveu a um desastre que matou 71 pessoas. Agora, sobreviveu a uma queda de 150 metros dentro de um autocarro, com alguns cortes e arranhões.

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Erwin Tumiri pode dizer que tem sorte nos azares por que passa. O boliviano, técnico de aviação, sobreviveu a um acidente de autocarro que matou pelo menos 20 pessoas na quarta-feira. É a segunda tragédia que Tumiri escapa incólume, depois de ter sobrevivido à queda do avião que vitimou quase toda a equipa de futebol da Chapecoense, em 2016.

O autocarro em que Erwin Tumiri viajava caiu de um precipício com cerca de 150 metros na Bolívia, numa estrada em Cochabamba, na madrugada de 2 de fevereiro. Segundo as autoridades bolivianas, além das 20 mortes, ficaram feridas mais 13 pessoas.

Ao jornal bolivariano Los Tiempos, Erwin relata que sobreviveu agarrando-se ao banco da frente. “Saí de gatas e senti-me. O meu joelho estava magoado. Sentei-me e disse: ‘Outra vez, não acredito’”, contou o técnico de aviação.

A irmã de Erwin Tumiri, Lucía, disse ao jornal boliviano Los Tiempos que o irmão estava “estável” no hospital e que o irmão foi salvo graças ao “cuidado de Deus”.

“Eu estava muito preocupada. Sinto-me feliz pelo meu irmão. Ele está com ferimentos no joelho e arranhões nas costas, está com um corte que vai ser suturado. Conversei com ele, ele disse que está bem. É a força do Senhor, Ele sempre cuida de nós”, afirmou Lucía.

Despedida aos jogadores do Chapecoense
Despedida aos jogadores do Chapecoense

O recente acidente de autocarro está a ser investigado pela polícia da Bolívia. Segundo as autoridades, o autocarro levava 50 pessoas, apesar das regras sanitárias terem definido uma lotação máxima de 30 passageiros. Uma testemunha terá contado à polícia saltou 100 metros antes da queda, quando o condutor avisou os passageiros que ocorrera uma falha mecânica. Os passageiros de um autocarro que ia imediatamente atrás ajudaram a socorrer os sobreviventes.

Em 2016, Erwin e mais cinco pessoas foram os únicos sobreviventes do desastre aéreo que vitimou 71 pessoas, a maioria jogadores, equipa técnica e dirigentes da Chapecoense, além de alguns jornalistas, comissários de bordo e pilotos. A equipa estava a caminho da final da Copa Sul Americana, a 29 de novembro de 2016.

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