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Graça Franco n´As Três da Manhã
Terças e quintas-feiras, às 9h20, n'As Três da Manhã
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Cinco coisas que a humanidade aprendeu com a pandemia - Graça Franco

Cinco (ou mais) lições da pandemia para a humanidade e para Portugal

02 mar, 2021 • Marta Grosso , Miguel Coelho


Graça Franco enumera algumas aprendizagens que decorreram de um ano de pandemia de Covid-19 e lança alertas para o pós-crise em Portugal: há que preparar a chegada do fim das moratórias.

Passa um ano desde que o novo coronavírus chegou, oficialmente, a Portugal. Como humanidade aprendemos 5 coisas positivas:

1 - vivemos rodeados de inutilidades;

2 - a dependência de dois grandes produtores (fábrica da China e da Índia) é pouco para o mundo inteiro; é preciso ter reservas estratégicas de bens essenciais, não substituíveis;

3 – o mundo globalizado não pode voltar atrás. 14% do nosso produto depende do turismo;

4 - a desigualdade tem limites – afinal, devemos às profissões “invisíveis” muitíssimo mais do que pensávamos;

5 - não podemos ficar reféns das novas tecnologias: as grandes empresas tipo Facebook, Google, etc, vão ter de ser regulamentadas, senão corremos riscos enormes.

No que toca a Portugal, mais concretamente, a comentadora das terças e quintas-feiras d’As Três da Manhã também aponta algumas lições, desde logo com alertas para a burocracia.

E deixa receita: precisamos “absolutamente” de correr riscos, não esperando pelo dinheiro de Bruxelas para dar dinheiro às empresas e às pessoas.

Há que mudar a “visão de Tio Patinhas, de que precisamos de cumprir tudo, os rácios do défice, da dívida”, aponta Graça Franco.

Isto para que empresas e pessoas sobrevivam e para que, depois da crise, o país tenha “empresas vivas e pessoas vivas com emprego, senão corremos um risco gravíssimo de não conseguirmos recuperar”.

A especialista em assuntos económicos deixa ainda um alerta para o fim das moratórias: “é preciso planear desde já. É preciso não deixar as pessoas ir à falência, não deixar as empresas ir à falência por causa do fim das moratórias e não deixar a banca ir à falência, senão vamos encontrar três crises adicionais”.

Por fim, “temos de evitar que a desigualdade nos leve a uma tensão social insuportável”.

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