23 fev, 2021 - 19:33 • Olímpia Mairos , com redação
As cinco crianças abandonadas numa casa em Bragança viviam com a mãe desempregada, pertencem a uma família de refugiados de Angola e estavam a ser acompanhadas pela Segurança Social, apurou a Renascença.
A mãe vive sozinha com os cinco filhos em Bragança, há mais de dois anos, e encontra-se desempregada.
Nos últimos tempos tem andado a bater à porta de várias empresas para tentar encontrar um trabalho, mas até agora sem sucesso.
Na semana passada, a mãe terá dito aos filhos que precisava de ir a Lisboa para tratar de assuntos pessoais.
Terá mesmo afirmado que ia e vinha no mesmo dia, mas a ausência acabou por se prolongar por cerca de cinco dias, como contou a criança mais velha à PSP.
A Renascença apurou que esta família carenciada era acompanhada pela Segurança Social e que, desde janeiro, passou a receber Rendimento de Inserção Social (RSI).
A situação foi detetada pelas autoridades, no sába(...)
A família de seis pessoas recebe cerca de mil euros por mês de RSI e as refeições através da Cáritas de Bragança.
De acordo com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), o caso das cinco crianças abandonadas está agora nas mãos do Ministério Público (MP).
Em comunicado enviado à Renascença, a CPCJ adianta que “todo o processo se desenrolou de acordo com Lei de proteção de crianças e jovens em perigo”, em articulação com a PSP, Ministério Público e instituição de acolhimento.
As crianças, resgatadas pela Polícia no passado sábado, estão neste momento numa instituição da cidade de Bragança, apurou a Renascença.
A PSP conseguiu "apurar que as crianças estavam sozinhas há cinco dias, ao cuidado do irmão mais velho, com 12 anos de idade, o qual informou que a mãe havia viajado a Lisboa a tratar de assuntos de cariz pessoal".
A situação foi detetada pelas autoridades depois de uma denúncia, que encontraram numa habitação em Bragança os cinco menores irmãos "em situação de exposição ao abandono e iminente perigo causado pela progenitora que se havia ausentado da residência".