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Portimão

Arranca julgamento de duas mulheres acusadas da morte de jovem no Algarve

24 fev, 2021 - 06:33 • Lusa

As arguidas, uma enfermeira de 24 anos e uma segurança de 21 anos, são acusadas de terem drogado a vítima de 21 anos e de lhe terem apertado o "pescoço até o matarem”. Em seguida terão desmembrado o cadáver, guardando-o “em vários sacos de lixo”, que nos dias seguintes atiraram ao mar e esconderam na vegetação.

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O Tribunal de Portimão começa a julgar duas mulheres suspeitas de terem matado um jovem, em março de 2020, no Algarve, a quem tentaram extorquir dinheiro que tinha recebido de indemnização pela morte da mãe.

As arguidas estão acusadas pelo Ministério Público (MP) dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, dois crimes de acessos ilegítimo, um de burla informática, roubo simples e uso de veículo.

Segundo a acusação, as mulheres terão atraído Diogo Gonçalves, de 21 anos, para casa de uma delas, onde o mantiveram sequestrado com o objetivo de lhe extorquirem dinheiro, já que este tinha recebido 70 mil euros de indemnização pela morte da mãe, atropelada na zona de Albufeira, em 2016.

De acordo com o MP, as arguidas, Mariana Fonseca, de 24 anos, enfermeira, e Maria Malveiro, de 21 anos, segurança, “terão ido a casa da vítima, um engenheiro informático, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para o adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até o matarem”.

Depois de terem retirado de casa do jovem vários objetos de valor, incluindo o seu telemóvel, levaram-no “no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos”.

Partes do corpo começaram a surgir no mar

Em 21 de março, as suspeitas alegadamente desmembraram “o cadáver da vítima”, guardando-o “em vários sacos de lixo”, que nos dias seguintes “atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira”.

Em 27 de março, partes do corpo do jovem foram encontradas na zona do Pego do Inferno, em Tavira, e perto da Fortaleza do Beliche, em Sagres. Poucos dias, depois, em 2 de abril, a Polícia Judiciária deteve as duas mulheres.

O MP indicou que, ao longo desses dias, as arguidas terão feito levantamentos e pagamentos com o cartão de débito e com o telemóvel da vítima.

O advogado de defesa da enfermeira pediu a abertura da instrução do processo, por considerar que esta não havia participado em todas as fases do crime.

Contudo, o juiz de instrução entendeu levar a julgamento o caso “tal como estava, por considerar que o primeiro depoimento da arguida foi mais consistente”, disse na altura à Lusa o advogado.

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