Tempo
|
A+ / A-

Quinta noite de distúrbios na Catalunha faz 34 detidos e 13 feridos

21 fev, 2021 - 08:50 • Redação com agências

O rapper Pablo Hasél, detido na terça-feira na Universidade de Lérida, tornou-se um símbolo da liberdade de expressão em Espanha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão.

A+ / A-
Montras partidas e veículos incendiados na quinta noite de protestos em Espanha
Montras partidas e veículos incendiados na quinta noite de protestos em Espanha

Pela quinta noite consecutiva, a Catalunha viveu horas de distúrbios. Os alvos foram lojas e edifícios emblemáticos de Barcelona. As manifestações pedem a libertação do rapper catalão Pablo Hasél, condenado a nove meses de prisão por dirigir insultos ao Rei e fazer a exaltação de grupos terroristas.

Segundo o jornal “El País”, a polícia deteve 34 pessoas (31 em Barcelona e as restantes em incidentes menores em Tarragona e Lleida). Treze pessoas foram assistidas por ferimentos ligeiros e duas foram hospitalizadas.

Em Barcelona, a polícia antimotim carregou sobre manifestantes que saqueavam lojas e vandalizavam edifícios.

As lojas do Paseo de Gracia, onde se concentram as principais marcas de luxo, foram vandalizadas e saqueadas durante o protesto a pedir a libertação do rapper catalão.

A destruição verificou-se em todo o Paseo de Gracia, que vai desde a Plaza de Catalunya até à Diagonal, onde manifestantes encapuçados também montaram várias barricadas, queimando contentores, mobiliário urbano e incendiaram as portas do edifício da Bolsa de Barcelona, embora as chamas não tenham afetado o interior do edifício.

O ministro do Interior do governo regional catalão, Miguel Sàmper, lamenta que o que começou na terça-feira como um protesto pelo “direito à liberdade de expressão” tenha conduzido a “atos de puro vandalismo e pilhagem”.

O rapper Pablo Hasél, detido na terça-feira na Universidade de Lérida (Catalunha), tornou-se um símbolo da liberdade de expressão em Espanha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por, segundo a acusação, insultar as forças de ordem espanholas, fazer a glorificação do terrorismo e injuriar a monarquia.

Além da sentença que originou a sua detenção, Hasél tem antecedentes: na primeira condenação, a dois anos de pena suspensa, foi acusado de glorificar nas suas canções o terrorismo da ETA, o Grapo, Terra Lliure ou a Al-Qaeda.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+