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​Nunca houve tanta dívida de famílias, empresas e Estado em Portugal como em 2020

18 fev, 2021 - 13:47 • Lusa

Dados do Banco de Portugal apontam para um endividamento do setor não financeiro na ordem dos 745 mil milhões de euros.

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O endividamento das famílias, empresas e Estado subiu em 2020 para o valor recorde de 745.800 milhões de euros, mais 27.400 milhões face a 2019 sobretudo devido ao acréscimo no setor público, divulgou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

"No final de 2020, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 745.800 milhões de euros, dos quais 342.500 milhões de euros respeitavam ao setor público e 403.300 milhões de euros ao setor privado", lê-se na nota de informação estatística do BdP relativa ao endividamento do setor não financeiro.

Segundo o banco central, a subida de 27.400 milhões de euros face a 2019 resultou do acréscimo de 24.900 milhões de euros no endividamento do setor público e do aumento de 2.500 milhões de euros no endividamento do setor privado.

Em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o endividamento do setor não financeiro foi de 268,8%, um aumento de 32,0 pontos percentuais face ao final de 2019, dos quais 19,2 pontos percentuais se deveram à redução do PIB.

De acordo com o BdP, a subida do endividamento do setor público “refletiu-se no aumento do financiamento concedido por todos os setores financiadores, com destaque para o setor financeiro (16.600 milhões de euros), seguido das próprias administrações públicas e do exterior”.

No setor privado registou-se um incremento do endividamento dos particulares em 2.300 milhões de euros, salientando-se o financiamento obtido junto do setor financeiro (2.200 milhões de euros).

Já o endividamento das empresas privadas aumentou 200 milhões de euros, com o aumento do endividamento face ao setor financeiro (5.800 milhões de euros) a ser compensado pela diminuição do endividamento face às empresas e ao exterior.

No final de 2020, a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 1,6%, menos 0,5 pontos percentuais do que o registado no final de 2019, enquanto a tva do endividamento total dos particulares aumentou 0,3 pontos percentuais, para 1,7%.

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