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Ofertas de fiéis desaparecem do Santuário de Viana do Alentejo

18 fev, 2021 - 10:20 • Rosário Silva

Dois resplendores e vários objetos de ouro estão entre as peças furtadas. O caso remonta a 2009, mas só agora revelado.

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Um conjunto de peças valiosas, ofertas feitas por fiéis (ex-votos), algumas descritas no inventário oficial da Arquidiocese, terão sido furtadas do Santuário de Nossa Senhora d’Aires, em Viana do Alentejo.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira, num comunicado que revela a “profunda tristeza e mágoa” do próprio arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho.

“Fui informado a meados de 2020, por relato oral dos párocos de Viana do Alentejo, do desaparecimento que remonta a agosto de 2009, de um conjunto de ofertas feitas pelos fiéis que peregrinam ao Santuário de Nossa Senhora d’Aires”, escreve o prelado, que diz ter feito “participação à Polícia Judiciária, a quem manifestei a nossa total colaboração para o apuramento de toda a verdade”, a 26 de junho do ano passado.

De acordo com informação disponibilizada no site da Arquidiocese, desapareceram pelo menos dois resplendores – um em prata e pedras preciosas, outro em ouro também com algumas pedras preciosas – e vários objetos em ouro, de uso pessoal, oferecidos a Nossa Senhora por peregrinos e romeiros.

“Sei que esta informação entristece e fere duramente o povo cristão, cujas ofertas são fruto de privações e de uma fé profunda a Deus”, por isso “partilho e uno-me profunda e intimamente a essa tristeza”, afirma D. Francisco Senra Coelho.

No comunicado enviado à Renascença, o arcebispo de Évora faz questão de pedir “perdão a Deus e aos cristãos pela parte de responsabilidade que possa caber à Arquidiocese no que ocorreu, e que a investigação judiciária irá apurar.”

Local de peregrinação para milhares de fiéis, o Santuário de Nossa Senhora d’Aires está na fase final de obras de restauro e deverá reabrir logo que as circunstâncias sanitárias o permitam.

Por agora, D. Francisco Senra Coelho espera que sejam apuradas responsabilidades e garante que “a Arquidiocese está a tomar as medidas necessárias para o reforço na proteção e salvaguarda do seu património”.

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