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Teletrabalho

Governo aprova reforço dos apoios aos pais que ficam com os filhos em casa

18 fev, 2021 - 06:56 • Lusa

Entre as propostas está o aumento de 66% para 100% no caso das famílias monoparentais e no caso dos pais que alternem no acompanhamento dos filhos.

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O Governo aprova, esta quinta-feira de manhã, o reforço dos apoios aos pais que ficam com os filhos em casa, durante o encerramento das escolas.

De manhã, será o Conselho de Ministros a aprovar as propostas, apresentadas na quarta-feira aos parceiros sociais, para os pais com filhos na escola até ao final do 1.º ciclo e as famílias monoparentais poderem optar entre estar em teletrabalho ou receber o apoio à família.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já disse que vão passar a existir "três situações" em que a opção do apoio à família será possível, sendo uma delas o caso das famílias monoparentais, a dos pais que têm a cargo crianças "até ao final do primeiro ciclo" e ainda as famílias "em que haja a cargo uma pessoa dependente com deficiência igual ou superior a 60% de incapacidade".

À tarde, na Assembleia da República, o assunto voltará a estar na ordem do dia com a apreciação parlamentar, pedida pelo PCP e pelo BE, para alterar o decreto-lei com as medidas de apoio social, na sequência do encerramento das escolas e da adoção do ensino à distância.

A bancada comunista propõe o pagamento dos apoios a 100% às famílias com filhos até aos 16 anos a cargo nesta fase de encerramento das escolas, para que "ninguém tenha que escolher entre apoiar os filhos com perda de rendimento ou manter o salário por inteiro não acompanhando os filhos".

Na saúde, propõe um reforço de medidas para a recuperação da atividade assistencial suspensa, devido à crise epidémica, admitindo o alargamento da contratação de médicos e enfermeiros aposentados.

O BE propõe que deve ser garantido que o trabalhador que "permaneça em casa com dependente a cargo é apoiado a 100%" e que "os trabalhadores do serviço doméstico e os trabalhadores independentes não são ainda mais prejudicados por esta medida", de forma a fixar a "retribuição mensal mínima garantida como limite mínimo do apoio".

A apreciação parlamentar permite aos deputados discutir, alterar e, no limite, anular um decreto-lei, diploma que é da responsabilidade do Governo e não passa pela votação na Assembleia da República.

No caso do decreto-lei sobre os apoios no âmbito do estado de emergência e da suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais, a apreciação foi pedida pelo PCP e Bloco de Esquerda, estando anunciadas propostas de alteração da bancada comunista, bloquista e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN). O PSD também admite fazê-lo, mas até quarta-feira nada ainda tinha anunciado.

O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, concordou com este apoio pago a 100%, "em tempos de excecionalidade", afirmando que "devem ser dados todos os meios às famílias para poderem ter uma vida familiar normal, sem comprometer as responsabilidades ao nível profissional dos pais, nem penalizar a atividade escolar e as aprendizagens dos filhos".

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