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Bispo de Lamego desafia cristãos a serem surtos de fé, de amor e de esperança

17 fev, 2021 - 10:34 • Olímpia Mairos

D. António Couto destina renúncia quaresmal à Diocese de Alepo, na Síria, e ao Fundo SOS de Acolhimento e Resposta da Diocese de Lamego.

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O bispo de Lamego, D. António Couto, desafia cada cristão a “ser um surto ativo da fé, do amor e da esperança que há em Jesus Cristo”.

“Esta Quaresma e o tempo da Páscoa que se lhe segue pode e deve ser um tempo de sementeira rua a rua, casa a casa, coração a coração”, afirma D. António Couto pedindo a todos que “não se poupem a canseiras e que avivem a criatividade”.

“Certo que há surtos ativos de Covid-19. Haja também surtos ativos de Jesus Cristo!”, pede.

Na sua mensagem quaresmal, o bispo da Diocese de Lamego refere que “estamos outra vez no íngreme, luminoso e santo caminho da Quaresma, com vistas para a Cruz e para a Páscoa” e lembra que o “tempo em que vamos é duro, é de pandemia”.

“Às vezes parece tudo escuro, e sabemos que alguns de nós, os mais desprotegidos e vulneráveis, nossos familiares, nossos amigos, nossos irmãos e irmãs, tombaram vencidos pelo vírus. E outros continuam a cair. O tempo é, pois, de luto e… de luta!”, observa.

O responsável pela Diocese de Lamego afirma ainda que este tempo difícil é também “tempo favorável, isto é, tempo de favor e de graça. Porque sabemos que não estamos abandonados, à deriva. Sabemos que o Ressuscitado está connosco, vai connosco, cuida de nós, orienta os nossos passos, mesmo quando caímos e pensamos que estamos perdidos no caminho”, acrescenta.

“Ele vai connosco e chama-nos a caminhar com Ele. Quando se aproxima a sua paixão, morte e ressurreição, Ele não se limita a dar-nos conhecimento dessa realidade, do caminho que está para fazer sozinho. Não se limita a pôr-nos ao corrente do que se vai passar, mas envolve-nos e empenha-nos nessa caminhada”, esclarece.

D. António Couto lembra que as “condições sanitárias que nos rodeiam”, implicam a vivência e celebração da Quaresma “de forma muito especial”.

“Já o ano passado, em 2020, fomos abalroados por esta pandemia em plena Quaresma, e tivemos de inventar novas formas de celebrar a nossa fé”, nota D. António Couto, referindo que a renúncia quaresmal desse ano era destinada a “ajudar os cristãos sofridos da Diocese de Alepo, na Síria, nossos irmãos, cujas dores, carências, necessidades e abandono superam em muito tudo o que possamos imaginar”.

“Dado o rumo virtual que tivemos que dar às nossas celebrações quaresmais e da Semana Santa, apenas foi possível recolher, como resultado da nossa renúncia quaresmal, a quantia de 1.339,20 euros”, informa o bispo de Lamego, renovando para este ano “o mesmo destino do esforço da nossa caridade quaresmal, que juntaremos ao do ano passado, para fazermos chegar com alegria às mãos de D. Joseph Tobji, arcebispo de Alepo”.

“Dadas as carências também entre nós sentidas, e acentuadas com a pandemia, destinaremos também uma parte dos nossos donativos para o “Fundo SOS de Acolhimento e Resposta”, criado na nossa Diocese em 3 de dezembro passado”, acrescenta o prelado.

O bispo da Diocese de Lamego termina a sua mensagem com uma saudação afetuosa a todos os cristãos, “irmãos e irmãs das 223 paróquias espalhadas pelo chão da nossa diocese”.

“Todos mesmo, desde os mais velhinhos até aos mais pequenos. Ver-nos-emos logo que possível. Entretanto, a todos desejo, do fundo do meu coração, saúde, paz, paciência, resistência, e que a ninguém falte a graça de Deus e a mão fraterna de um irmão”, conclui.

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