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Casa Comum

"O país das vacinas também está pronto para apanhar os fundos europeus"

17 fev, 2021 - 20:50 • José Pedro Frazão

Paulo Rangel do PSD e José Luís Carneiro do PS debatem a forma como os fundos europeus serão usados e sobretudo fiscalizados a partir do momento em que sejam desbloqueadas as verbas do Programa de Recuperação e Resiliência que terão origem em Bruxelas.

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O eurodeputado do PSD Paulo Rangel diz que faltam garantias de boa utilização dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o Primeiro-Ministro António Costa já classificou de "bazuca" europeia.

No programa Casa Comum, da Renascença, Rangel disse temer que também em matéria de dinheiros comunitários se assista ao classifica de "país das vacinas", numa referência às vacinações indevidas que têm sido noticiadas em Portugal.

"Não estou descansado porque acho que nós devíamos estar a trabalhar também nesse plano e dar todas as garantias de que os fundos vão ser bem utilizados. Senão entramos no 'país das vacinas' em que 'esta coisinha é para o primo e aquela coisinha é para o presidente de câmara ou para o presidente da concelhia'. O 'país das vacinas' que nós vimos agora também está pronto para os fundos", alerta o eurodeputado social-democrata.

Já José Luís Carneiro, Secretário-Geral Adjunto do PS, garante que o controlo dos fundos europeus vai ser feito por diversos organismos.

"Há vários mecanismos de controlo das candidaturas aos fundos comunitários que atuam a vários níveis. Atuam ao nível das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, ao nível da estrutura nacional que faz a gestão dos fundos comunitários, ao nível do próprio Tribunal de Contas, ao nível da própria Inspeção Geral de Finanças. Há um conjunto de mecanismos e instrumentos, o que não quer dizer que agora não devam ser aperfeiçoados", contrapõe o deputado do Partido Socialista.

Os comentadores do "Casa Comum" debateram ainda os alertas do Presidente da República em relação ao contexto político e sanitário do confinamento e do controlo da pandemia e a recente deslocação do Alto Representante da Política Externa da União Europeia a Moscovo.

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