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Apoios sociais: BE desafia Governo a corrigir Orçamento do Estado

15 fev, 2021 - 18:41 • Lusa

Cada trabalhador que deixou de ter rendimento ou perdeu rendimento de uma forma muito significativa com a pandemia "deve ter acesso a um apoio no limiar na pobreza", defende Catarina Martins.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, desafia o Governo a corrigir o Orçamento do Estado para 2021, que já reconheceu não ser suficiente, para que os apoios cheguem a quem precisa, apontando algumas aproximações do executivo ao partido.

Catarina Martins e os deputados do BE José Soeiro e Beatriz Gomes Dias reuniram-se esta segunda-feira, virtualmente, com dezenas de trabalhadores das mais diversas áreas da cultura que reclamam apoios e soluções para um setor em crise.

"Já mais do que uma vez [o Governo] veio corrigir as medidas, mas continua a fazer correções pequenas demais e continuamos a ter tanta gente a desesperar meses por um apoio essencial à sua sobrevivência. O que é necessário é que o Governo dê esse passo e, uma vez que já reconheceu que o seu orçamento é insuficiente, então que o corrija e garanta o apoio a toda a gente que precisa", apelou.

Questionada sobre se destas palavras se poderia deduzir que é necessário um orçamento retificativo, Catarina Martins referiu que as correções que já foram feitas ao orçamento para este ano aconteceram sem recorrer a essa opção.

"Eu julgo que essa avaliação o próprio Governo terá de fazer", respondeu apenas.

O BE, segundo a sua líder, mantém a exigência que tem defendido: "cada trabalhador que deixou de ter rendimento ou perdeu rendimento de uma forma muito significativa com a crise pandémica deve ter acesso a um apoio no limiar na pobreza".

Catarina Martins fez questão de sublinhar que "o Governo tem feito algumas aproximações ao BE" na correção dos apoios anunciados, mas continua com "regras e impedimentos burocráticos a que os apoios cheguem".

A líder bloquista foi ainda confrontada com as declarações do ministro de Estado e das Finanças, João Leão, que em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios avisou o BE de que, caso se voltasse a afastar do processo negocial do orçamento "só porque o país está em situação difícil", então "deixaria de ser útil para o país e para a sua governação".

"Útil para o país é ter medidas que respondem à vida das pessoas. O Governo já veio admitir que o seu orçamento é insuficiente e não serve para responder à crise social", respondeu.

O BE, garantiu Catarina Martins, não inventa nada e continua a dizer mesmo em relação à necessidade de apoios que cheguem às pessoas afetadas pela crise.

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