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Quaresma em plena pandemia traz novos desafios, escreve Papa

12 fev, 2021 - 11:05 • Aura Miguel

Francisco alerta que “viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19”.

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Preocupado com as incertezas causadas pelo coronavírus, Francisco espera que, nas próximas semanas antes da Páscoa, se reforce a atenção ao outro.

“Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19”, escreve na Mensagem para a Quaresma, publicada esta sexta-feira.

Com o tema «Vamos subir a Jerusalém...» (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade”, o Papa quer que este tempo seja “um percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens”, que ajude a “reforçar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai”, lê-se no texto.

“Cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar”, escreve Francisco, ao articular a fé, a esperança e a caridade com as três dimensões que a Igreja propõe para este tempo de conversão: jejum, oração e esmola.

“O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa”, explica o Papa.

Saturados de informação e de consumo

Francisco explica que “jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas «cheio de graça e de verdade»: o Filho de Deus Salvador”.

Assim, diz o Papa, mais “depojados” e de coração limpo, é mais fácil rezar e estar atento aos outros, sobretudo nestes tempos agravados pela pandemia.

E Francisco conclui com um pedido: “Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho”.

O Papa vai presidir, no dia 17 de fevereiro, à missa de início do tempo da Quaresma, com o rito da bênção e imposição das Cinzas, pelas 09h30 de Roma (menos uma hora em Lisboa), na Basílica de São Pedro, com participação limitada e transmissão online.

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