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Arbitragem

Sporting de Braga apela à serenidade

11 fev, 2021 - 12:45 • Luís Aresta

O presidente da Assembleia Geral do emblema minhoto, António Marques, pede a dirigentes e jogadores que baixem a tensão, para que os árbitros não atuem sob pressão e os jogos não sejam "batalhas campais".

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Se a escalada verbal não parar, alguns jogos podem acabar em "batalhas campais". O alerta é deixado na Renascença por António Marques, presidente da Assembleia Geral (AG) da Sporting Clube de Braga SAD, no dia seguinte ao empate (1-1) entre o emblema minhoto e o FC Porto, em jogo da 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal.

Não faltaram casos na Pedreira, onde Luis Diaz foi expulso depois de, aparentemente de forma acidental, ter atingido David Carmo e lhe ter fraturado o tornozelo direito.

Depois, seria a vez de Matheus Uribe (minuto 90+7) agredir com uma cabeçada Ricardo Esgaio, reduzindo o Porto a nove jogadores até final do encontro. No total, o árbitro Luís Godinho exibiu cinco cartões amarelos a jogadores do Braga. O Porto teve três três cartões amarelos e dois vermelhos, sem contar aqui com a expulsão do dirigente portista Luís Gonçalves.

Depois do que o país viu e ouviu, o presidente da AG da SC Braga SAD apela a uma maior serenidade, para bem do futebol e da tarefa dos árbitros.

“Temos de amenizar os ânimos e descer um pouco à terra, porque a crise pandémica, mesmo num contexto de erros, não justifica tudo o que se está a passar”, defende, acentuando que “se tivermos um ambiente tenso nesta indústria do futebol, as pessoas vão falhar, não porque queiram falhar, mas porque estão condicionadas e nervosas”.

António Marques lança um apelo veemente para que haja maior serenidade dentro e fora das quatro linhas. “Temos que descer esta tensão, dos dirigentes, dos treinadores, dos jogadores porque, caso contrário, de um momento para o outro os jogos podem ser uma batalha campal”, avisa.

Sérgio Conceição excessivo. Carlos Carvalhal esteve bem

Não faltou nada a esta 1ª mão da meia-final da Taça entre Porto e Braga. Desde a ambulância do 112 que transportava David Carmo a ser empurrada pelos jogadores para não se atolar no relvado da Pedreira até à discussão, no final, entre Sérgio Conceição e Carlos Carvalhal, num "déjá vu" do jogo para o campeonato, 72 horas antes, no mesmo cenário.

Desta vez, o treinador do Porto foi ter com Carvalhal para lhe dizer que com 11 em campo teria ganho por cinco ou seis golos de diferença. Palavras que o presidente da AG do Braga procura desvalorizar e enquadra num contexto de fortes emoções.

“Conhecendo o Sérgio Conceição e o estado do Porto parece-nos normal que haja uma reação daquela maneira. Não me parece aceitável os excessos que houve, mas é futebol”, declara António Marques antes de aprovar a aparente serenidade com que o treinador do Braga reagiu às palavras de Sérgio Conceição.

Carlos Carvalhal fez muito bem em não responder. Diz que não ouviu e acredito que não tenha ouvido algumas das eventuais provocações”.

O dirigente do SC Braga sublinha o “sentido de responsabilidade e grande nobreza perante erros que têm acontecido” e considera que quanto ao incidente entre os dois treinadores “as coisas estão completamente sanadas; o Porto e o Sérgio Conceição, em particular, é responsável por aquilo que que faz e não há muito mais a dizer sobre isso”.

E sobre o lance de que David Carmo saiu com o tornozelo direito fraturado, há alguma coisa a dizer? O presidente da AG do SC Braga puxa a fita atrás e recua a 4 de fevereiro para comparar a lesão de Nanu no choque com o guarda-redes da Belenenses SAD Kritciuk e o que se passou entre Luis Diaz e o defesa central David Carmo.

“Não sou especialista, mas parece-me excessiva a carga do guarda-redes da Belenenses SAD no jogo com o Porto e ontem [quarta-feira] também me pareceu excessivo. Não sei se um jogador profissional não estaria a tempo para tirar o pé; é uma forma muita própria de jogar dos sul-americanos”, assinala António Marques, para quem, “por não ser um especialista, este é um não assunto”.

O dirigente do Braga conclui que se trata de “dois casos do futebol que lamentavelmente aconteceram, mais grave para o David Carmo que acabou a época. O presidente da AG do emblema minhoto revela ainda que, num dos elevadores da Pedreira, um jogador do Braga, que não identifica, lhe disse que “está tudo muito nervoso; o Porto porque ficou 20 minutos sem um jogador e nós, calmos apesar de tudo, mas também nervosos, porque vamos perder um jogador para a época toda”, numa óbvia referência a David Carmo, que enfrenta uma longa paragem de quatro meses e não volta a pisar os relvados esta temporada.

Eliminatória em aberto

A decisão sobre quem estará na final da Taça de Portugal está adiada para 3 de março, na 2ª mão da meia-final, no Estádio do Dragão, na qual o FC Porto entrará em vantagem pelo golo marcado fora.

Nesta entrevista a Bola Branca, o presidente da AG do SC Braga sustenta que “a eliminatória está aberta". "O Braga não atira a toalha ao chão. Está em situação relativamente desfavorável, mas, como tem dito Carvalhal, a equipa está preparada para ir ao Estádio do Dragão discutir a presença na final”, conclui.

O jogo da 1.ª mão terminou com empate a uma bola. Taremi marcou na primeira parte para o FC Porto e Fransérgio empatou para o Braga já depois dos 90.

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