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Famalicão reflete sobre a família como laboratório da caridade

04 fev, 2021 - 08:44 • Olímpia Mairos

Uma oportunidade para as famílias cristãs repensarem o seu lugar na igreja e na sociedade.

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“Família - Laboratório da Caridade”. É o tema de um ciclo de conferências que o Arciprestado de Famalicão, na Arquidiocese de Braga, vai realizar ao longo do mês de fevereiro.

A iniciativa surge na sequência das Jornadas da Família que se realizam anualmente há 16 anos. Este ano, por causa da pandemia, a jornada acontece em formato online, uma vez por semana. O objetivo é colocar a reflexão também ao serviço da família.

“Tudo aquilo que nós possamos despoletar como reflexão, como oportunidade para que a temática da família esteja na conversa, no diálogo, na reflexão, nós vamos proporcionar tudo isso”, explica à Renascença o padre Francisco Carreira.

Mas o ciclo de conferências pretende ser também uma provocação, uma oportunidade para as famílias cristãs repensarem o seu lugar na igreja e na sociedade.

“Queremos que isto seja um tema da sociedade, que a própria sociedade possa pensar connosco. E nós queremos ajudar a própria sociedade a pensar naquilo que nós propomos”, afirma o sacerdote.

Para o arcipreste de Famalicão, “as famílias são o berço de tudo, é ali que nasce tudo e tudo acontece. E neste tempo, em que as famílias são mais chamadas a conviver umas com as outras, por causa das contingências que estamos a viver, ainda mais o seu papel é fundamental, não só no lado do agregador, mas também do convivial ou da relação entre uns e outros”.

Por isso, o sacerdote entende que nos dias de hoje é fundamental potenciar e valorizar ainda mais a família como “um lugar da experiência humana por excelência, onde se nasce, cresce, amadurece, onde nos fazemos homens, onde nos fazemos mulheres para o mundo”.

“A família tem que ser também esse lugar de aprendizagem, da descoberta, desse amor fecundo, que ao mesmo tempo pode ser um amor conflituoso, mas porque é amor, supera todos os conflitos”, defende.

O sacerdote eleva o patamar e afirma que a família é muito mais importante do que a própria escola.

“A escola é importante, mas a família é fundamental”, diz o sacerdote, explicando que “no fundo, a família é uma micro sociedade e, se não estiver a funcionar bem, a macro sociedade também não vai estar a funcionar bem”.

“Por isso, o empenho e a dedicação que nós temos que dar à família, para que ela, no seu núcleo mais basilar, possa ser saudável”, conclui o padre Francisco Carreira.

A partir da reflexão da Igreja sobre a família, em destaque para a Amoris Laetitia do Papa Francisco, o ciclo conta com vários temas: “Trabalho e lazer”, no dia 5 de fevereiro, com Fátima Amorim; “Igreja Doméstica”, no dia 12, com Juan Ambrósio; “Amor e Divórcio”, no dia 19, com D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga; “Caridade conjugal”, no dia 26 de fevereiro, com o casal Pedro e Catarina Portela.

A organização do ciclo de conferências está a cargo das equipas de pastoral familiar de São Martinho de Brufe e de Santo Adrião, de Vila Nova de Famalicão.

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