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Obras de arte da concatedral de Miranda do Douro estão a ser restauradas

03 fev, 2021 - 08:58 • Olímpia Mairos

“Arrependimento de São Pedro”, uma pintura a óleo sobre tela, da segunda metade do Século XVIII, foi a última obra a ser restaurada.

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A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) está a proceder ao restauro de várias peças do património móvel da concatedral de Miranda do Douro, numa operação realizada com a colaboração da Fábrica da Igreja Paroquial.

Uma das últimas obras restauradas foi a pintura a óleo sobre tela “Arrependimento de São Pedro”, atualmente em exposição no núcleo expositivo do templo religioso.

Trata-se de uma peça da segunda metade do Século XVIII, que representa o Apóstolo São Pedro “no momento do seu arrependimento, após ter negado o seu mestre, Jesus Cristo”.

“Sobre um fundo que evoca um grotto encontra-se, a meio corpo, a figura do santo, com um semblante constrangido e de profundo pesar, com a cabeça inclinada para a sua direita e lançando uma mirada aos céus. Tem o rosto macilento, barbas brancas desgrenhadas, com acentuada calvície e tem as mãos postas em jeito de lamentação e pedido de perdão. Junto a si divisa-se um par de chaves, atributos particulares deste santo, simbolizando as chaves das portas do Céu, descreve a DRCN, em comunicado.

Em processo de restauro encontram-se também o óleo sobre madeira “Visitação” e um pergaminho que se encontra no interior do tríptico portátil, assim como o óleo sobre madeira e respetiva moldura “Assunção da Virgem”.

A Direção Regional de Cultura do Norte prevê ainda, em parceria com a fábrica da Igreja, o restauro de mais 22 obras do espólio da concatedral de Miranda do Douro.

Das obras restauradas e já em exposição, no Núcleo Expositivo da concatedral de Miranda do Douro, destaca-se o conjunto pictórico “Calendário da Sé”, ou Retratos dos Meses da concatedral de Miranda do Douro, um conjunto de doze quadrinhos, que constituem exemplo raríssimo de uma iconografia praticamente ausente no património artístico nacional.

De acordo com investigação feita pelo historiador de arte Vitor Serrão, os quadros foram encomendados em 1580, pelo 5.º bispo da diocese de Miranda do Douro, Jerónimo de Meneses, em Antuérpia, na Flandres (Bélgica), atribuindo-se a autoria da obra a Pieter Balten, pintor, gravador e ilustrador.

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