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"Operação Marquês". Arguidos sabem em fevereiro se vão a julgamento

29 jan, 2021 - 18:47 • Liliana Monteiro , com Lusa

O juiz Ivo Rosa está na reta final da fase de instrução do mega-processo, que arrancou em finais de janeiro de 2019.

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A leitura da decisão instrutória do caso “Operação Marquês” vai ser conhecida em fevereiro salvo a ocorrência de algum contratempo relacionado com a pandemia, confirmou à Renascença fonte ligada ao processo.

José Sócrates e os restantes 27 arguidos ficarão nessa altura a saber se vão ou não a julgamento. O dia previsto para decisão é 19 de fevereiro, adiantou outra fonte judicial à agência Lusa.

O juiz Ivo Rosa está destacado, em exclusividade, para a fase de instrução da “Operação Marquês”, que arrancou a 28 de janeiro de 2019, a pedido de 19 arguidos.

O magistrado encontra-se na reta final de apreciação do mega-processo e a decisão sobre quem vai a julgamento vai ser conhecida no próximo mês de fevereiro, como tinha projetado anteriormente Ivo Rosa.

Contactados pela Renascença, alguns dos advogados do processo afirmam ainda não ter sido notificados de qualquer decisão.

A Renascença já pediu informações adicionais ao Tribunal Central de Instrução Criminal e ao Conselho Superior da Magistratura, mas ainda não obteve resposta.


Além de Sócrates, da lista dos arguidos que requereram a abertura da instrução fazem parte Hélder Bataglia, Rui Mão de Ferro, Gonçalo Ferreira, José Paulo Pinto de Sousa, José Diogo Ferreira, Carlos Santos Silva, Sofia Fava, Armando Vara, Henrique Granadeiro, Bárbara Vara, Zeinal Bava e Joaquim Barroca.

Ricardo Salgado foi o único arguido a divulgar publicamente que não ia requerer a instrução.

A lista inclui ainda as empresas - Vale do Lobo Resort Turístico de Luxo, Oceano Clube, Empreendimentos Turísticos do Algarve, Pepelan e três empresas do grupo LENA: Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA.

O processo Operação Marquês, que teve início em julho de 2013, resultou numa acusação de 188 crimes, a maioria de branqueamento de capitais, vertida em mais de quatro mil páginas, 134 volumes, mais de 500 apensos e registos de mais de 180 buscas e interceções telefónicas.

No total, são mais de 53 mil páginas de papel, espalhadas por duas salas do TCIC, na rua Gomes Freire, em Lisboa.

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  • João Lopes
    29 jan, 2021 Viseu 20:10
    «Um Estado que não se regesse segundo a justiça, reduzir-se-ia a um bando de ladrões»: Agostinho de Hipona (354-430).

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