Tempo
|
A+ / A-

Covid-19. Chefe militar espanhol demite-se após "furar" fila das vacinas

23 jan, 2021 - 18:05 • Redação

É a primeira vez que um chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Espanha se demite. O general Miguel Ángel Villarroya defende que não fez nada de errado.

A+ / A-

Veja também:


O chefe do Estado Maior da Defesa de Espanha, o general Miguel Ángel Villarroya, demitiu-se, este sábado, depois de ter vindo a público que ele e outros altos mandatários do Exército espanhol já tinham tomado a vacina da Covid-19, apesar de não fazerem parte de qualquer grupo de imunização prioritária.

Segundo o jornal espanhol "El País", Miguel Ángel Villarroya pediu a demissão à ministra da Defesa espanhola, por carta, para "não prejudicar a imagem" das Forças Armadas. Margarita Robles aceitou a demissão, segundo fontes do seu departamento. A saída do general só se concretizará, contudo, após aprovação em Conselho de Ministros.

Na missiva, conta o "El País", Villarroya defende que a decisão de vacinar-se foi "acertada" e tomada "no cumprimento das suas obrigações, de acordo com os protocolos estabelecidos e com a única finalidade de preservar a integridade, continuidade e eficácia da cadeia de comando das Forças Armadas". Ainda assim, reconhece que está a "deteriorar a imagem pública" do Exército e a colocar em dúvida a sua "própria honra" pessoal.

Portanto, embora reitere que "nunca pretendeu aproveitar-se de privilégios injustificáveis" e que está de "consciência tranquila", o general pede a demissão como chefe militar apenas para "não prejudicar a imagem" das Forças Armadas espanholas.

Após o caso das vacinas antes da hora vir a público, na sexta-feira, a ministra espanhola da Defesa tinha pedido um relatório a Miguel Ángel Villarroya, sem adiantar se tomaria alguma medida. O general antecipou-se a qualquer decisão.

A demissão de Villarroya terá de ser aprovada, agora, em Conselho de Ministros, uma vez que a demissão do chefe do Estado Maior da Defesa é nomeado e demitido pelo presidente do Governo, que atualmente é Pedro Sánchez, e não pela ministra da Defesa.

Esta é a primeira vez desde que o cargo foi criado, em 1984, que o chefe militar de Espanha se demite.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • oswaldo da Motta
    23 jan, 2021 S. Pedro do Estoril 22:57
    FASCISMO...FASCISMO... e COMUNISMO....COMUNISMO não combatem....

Destaques V+