Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Presidenciais

Vitorino Silva diz que conseguiu ser candidato “de igual para igual” mesmo sem padrinhos

22 jan, 2021 - 20:30 • Lusa

Candidato a Belém terminou a campanha em Rans, a sua terra-natal. "A campanha não ficava completa se eu não viesse aqui", declarou.

A+ / A-

O candidato presidencial Vitorino Silva assinalou esta sexta-feira o final da campanha eleitoral na sua terra-natal, Rans, concelho de Penafiel, onde destacou que nunca teve padrinhos, mas conseguiu concorrer à Presidência da República "de igual para igual".

"Vim aqui para dizer que mesmo sem pai, e que nunca tive padrinhos, uma pessoa pode concorrer a Presidente da República de igual para igual", afirmou aos jornalistas.

O candidato falava num dos pontos mais altos da localidade, onde nasceu há 49 anos, o local onde disse ter visto o seu pai pela última vez, quando tinha nove anos.

"A campanha não ficava completa se eu não viesse aqui. Eu fiquei sem pai com nove anos de idade e nunca tive um psicólogo. Era aqui que vinha, no fundo, descarregar as baterias. Foi aqui que eu vi o meu pai pela última vez", contou, com a voz embargada.

Vitorino Silva fez uma caminhada pelas ruas principais de Rans, um "passeio higiênico", como lhe chamou, e insistiu que aquele gesto constituía uma homenagem à sua terra.

"Eu não tenho vergonha das raízes, não tenho vergonha dos meus e os meus estão aqui. Saí à rua, não pedi o voto a ninguém, porque tenho de estar em casa e isto é uma divisão da minha casa", anotou.

Questionado pelos jornalistas sobre se a pandemia prejudicou a sua campanha, respondeu que até saiu favorecido.

"Eu fui favorecido, porque se eu fosse por esse Portugal fora não conseguia chegar a toda a gente. Eu já ando na rua há 49 anos, a rua é o meu gabinete, é onde eu me sinto bem, é a minha tela, porque trabalho em chãos", disse, acrescentando: Pela internet, eu percebi que posso chegar a milhões que de outra forma não conseguia. Estou muito orgulhoso pela opção que tomei de ir para casa, como foram os portugueses".

O candidato também desvalorizou as sondagens que têm sido divulgadas e previu receber votos de portugueses de todo o mundo: "Eu não acredito em sondagens, eu acredito nas sondagens Quanto à possibilidade de a abstenção poder ser elevada no domingo, Vitorino Silva mostrou-se otimista: "Eu tenho a certeza que o pessoal vai votar, porque o povo vai sair à rua e vai desabafar, porque o povo quer gritar liberdade, dignidade e o povo está muito atento".

Sobre o resultado que espera nas urnas, recordou aos jornalistas que, "humildemente", pediu mais um voto que nas anteriores presidenciais.

"Eu acredito que mereço mais um voto", rematou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+