Fotogaleria. No hospital de campanha de Viseu

Fotogaleria. No hospital de campanha de Viseu

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22 jan, 2021 - 14:14 • Fotografias: Nuno André Ferreira/Lusa

O Hospital de Campanha do Fontelo foi instalado num pavilhão desportivo pelo município, e acolhe os doentes com Covid-19 que precisam de internamento, mas que estão em fase de melhoria e estabilização. Acolhe também alguns doentes que apesar da alta hospitalar, não têm condições de regressar a casa, ou aos lares.

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Desde segunda-feira que o hospital de campanha recebe doentes que se encontram em recuperação, libertando camas do Centro Hospitalar Tondela-Viseu para os doentes mais críticos.

O Hospital de Campanha do Fontelo foi instalado num pavilhão desportivo pelo município, sob a responsabilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, e tem as condições para receber doentes infetados com SARS-CoV-2 que necessitem de internamento hospitalar. Neste caso, a gestão clínica e o tratamento dos doentes ficam sob a responsabilidade das equipas médicas, de enfermagem, técnicas e auxiliares do Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Vítor Almeida, médico anestesista no centro hospitalar, explicou na passada quinta-feira o funcionamento desta enfermaria que funciona num pavilhão desportivo municipal e que tem como “base de organização o modelo de um hospital de campanha” da NATO.

“Neste momento, já temos quatro doentes internados e durante o dia esperamos mais cinco ou seis, que já estão a fazer triagem no hospital. São doentes que têm indicação específica, bem definida, bem determinada para poderem vir para aqui. Portanto, ao longo do dia, vamos complementando o espaço e vamos aliviando o hospital”, afirmou o coordenador da estrutura.

Com Vítor Almeida estão outros profissionais com quem também trabalha no INEM e “há sempre uma retaguarda de especialidades clássicas, como a medicina interna, pneumologia”, entre outras, para assegurar situações mais críticas”, o que “só foi possível com a redução de alguma atividade cirúrgica”.

Quanto aos recursos humanos, Vítor Almeida reconheceu que “há recursos e há escassez, mas as pessoas têm de assegurar os turnos de uma forma ou de outra, há que fazer sacrifícios” e, nesta estrutura, contam também com profissionais dos Centros de Saúde (ACES).

“As questões de segurança têm de estar garantidas aqui como lá em cima [no hospital]. A questão é que as pessoas estão a fazer dois e três turnos seguidos e com 60 colegas infetados, neste momento, a pressão, como em todos os hospitais do país, é enorme”, assumiu.

Sem querer fazer qualquer previsão do que poderá acontecer nos próximos dias, Vítor Almeida defendeu que “a bola está dos dois lados”, ou seja, “do lado do hospital, como é óbvio, e do SNS, mas também, e sobretudo, neste especifico momento, da própria população que, se não cumprir, não vai ter camas, nem vagas, para poder tratar do doente que tem cancro, do que é atropelado e do que continua a adoecer e isso é crucial, os não covid não podem ficar para trás”.

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