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Pandemia da Covid-19

Viseu quer suspender aulas presenciais perante "situação de catástrofe" no concelho

19 jan, 2021 - 23:57 • Pedro Filipe Silva

Em declarações à Renascença, o autarca Almeida Henriques considera que não faz sentido esperar pela próxima reunião do Infarmed, na terça-feira, para suspender as aulas presenciais. Concelho de Viseu regista uma taxa de incidência de 1.447 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes.

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A Câmara de Viseu propõe a suspensão das aulas presenciais para o terceiro ciclo do básico e para o ensino secundário.

A medida foi aprovada esta terça-feira na Comissão Municipal de Proteção Civil, numa altura em que o concelho regista uma taxa de incidência de 1.447 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes.

Em declarações à Renascença, o autarca Almeida Henriques refere que, “neste momento, temos mais de 100 turmas em confinamento preventivo, temos dezenas de professores e auxiliares que estão impedidos de dar aulas por estarem contaminados ou por estarem em confinamento em casa”.

Almeida Henriques fala de uma situação “faz de conta”, uma vez que “as aulas não estão a decorrer”, pelo que, diz, “é melhor garantir o ensino à distância do que através desta lógica de funcionamento em que uma boa parte das turmas está em casa e, dentro de cada turma, existem muitos professores que não estão a dar aulas e auxiliares que não estão disponíveis”.

No total, segundo o presidente da Câmara de Viseu, haverá cerca de três mil elementos da comunidade educativa do concelho em casa.

“Não podemos estar à espera de terça-feira da próxima semana. É inadiável suspender as aulas presenciais ao nível do terceiro ciclo e do secundário, porque isso vai trazer uma diminuição de pressão de pessoas a circularem e faz com que consigamos, por um lado, proporcionar um ensino de melhor qualidade do que aquele que está a ser proporcionado e, por outro lado, conter as pessoas, evitando que elas andem na via pública e tomando medidas para que não continuemos a assistir, impávidos e serenos, a este galopante aumento de casos no concelho de Viseu e em todo este território”, refere.

A situação sanitária em Viseu é descrita por Almeida Henriques como “uma catástrofe” e exige uma intervenção urgente.

“Neste momento, temos o hospital em situação de catástrofe. Portanto, se o hospital está em situação de catástrofe, o concelho também está. E, por isso, é preciso agir”, alerta.

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