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João Pedro Mendonça

Médicos de Futebol apelam a reunião entre DGS, Liga e Federação depois do surto no Benfica

19 jan, 2021 - 14:19 • Rui Viegas

Presidente da Associação Nacional de Médicos de Futebol admite consequências desportivas do "surto benfiquista". Quantidade de casos de Covid-19 no emblema encarnado fez disparar os alarmes, sublinha João Pedro Mendonça.

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O presidente da Associação Nacional de Médicos de Futebol admite que o número de casos de Covid-19 detetados no Benfica pode ter consequências desportivas.

Em declarações a Bola Branca, João Pedro Mendonça considera "impressionante esta quantidade de casos [no Benfica e outros], mesmo com os procedimentos rigorosíssimos que todos temos tido. E quando existem estes casos no futebol profissional é porque, de facto, não há muito mais a fazer. O número não é pequeno e poderá ter consequências", reconhece o também clínico do Nacional, que apela a um "ponto de ordem" por parte das autoridades da saúde e do futebol.

"Liga, Federação, DGS, todos temos de conversar, de reunir, e ver qual é o melhor procedimento face a isto que se está a passar", apela.

O Benfica anunciou, na manhã desta terça-feira, que foram detetados 17 novos positivos, entre jogadores, equipa técnica e "staff". O presidenteLuís Filipe Vieira está entre os infetados, e assintomático, acrescentou o Benfica numa nota publicada no site.

Os próximos jogos, a começar pela meia-final da Taça de Liga com o Braga, esta quarta-feira, estão em risco, ainda que o Benfica esteja a preparar-se para jogar.

O clube questionou a Direção-Geral da Saúde sobre como proceder, depois de ter identificado o surto de Covid-19, com 17 casos positivos. Na resposta, a DGS delegou decisões para a autoridade regional de saúde, no que respeita aos jogadores infetados e contactos de risco, e para o Benfica, no caso dos restantes jogadores.

Na sequência deste esclarecimento, os encarnados, sem sinalização da autoridade regional para cessar atividade, preparam o encontro com o Braga.

Antes dos novos casos, e desde o início da pandemia, o Benfica contabilizava um total de 12 casos: David Tavares ainda em maio; Svilar em setembro; Daniel dos Anjos, Weigl, Darwin Núñez e Taarabt em novembro, sendo que, à exceção do primeiro, todas essas infeções foram registadas após voltarem das respetivas seleções nacionais; Pizzi, Tiago Pinto (antigo diretor-geral), Gonçalo Ramos, Jardel, Seferovic e João Ferreira em dezembro; e Gabriel e Cervi já em janeiro.

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