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Pandemia de Covid-19

Ricardo Baptista Leite defende fecho de escolas. "Tudo deve parar de imediato"

17 jan, 2021 - 22:34 • Redação

O médico e deputado do PSD diz que "nunca viu tantas pessoas morrerem num só turno de 12 horas" como no sábado, no hospital de Cascais.

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O médico e deputado do PSD Ricardo Baptista Leite defendeu este domingo que é preciso um "confinamento absoluto de três semanas" em Portugal face ao aumento exponencial de infeções, mortes e internamentos por Covid-19 nos últimos dias.

Numa publicação na sua página de Facebook, Baptista Leite diz que "nunca" viu "tantas pessoas morrerem num só turno de 12 horas" como no sábado no hospital de Cascais, onde estava a trabalhar como voluntário no chamado "Covidário", que recebe casos suspeitos e confirmados de Covid-19.

"A dor e o sofrimento são indescritíveis. A sensação de impotência por não podermos fazer mais. Vi uma colega médica a chorar depois de sair do covidário mais de 5 horas depois do término do seu turno. Física e psicologicamente esgotada. Cada vez que se estabiliza um doente, havia já mais 3 ou 4 doentes instáveis a entrar pela porta dentro", partilha o médico.

Face a esta situação, e depois de um fim de semana em que se confirmou que os hospitais estão no limite da sua capacidade (com a própria ministra da Saúde a assumir isso mesmo), Baptista Leite apresenta cinco propostas para conter a propagação do SARS-CoV-2 e baixar a curva de infeções, a começar por um confinamento total, que passe pelo encerramento das escolas.

"[Tem de se] mudar de imediato as medidas governamentais e determinar um confinamento absoluto durante três semanas para depois ser reavaliado", começa por elencar o social-democrata. "Isto tem de incluir as escolas, garantindo o apoio remuneratório a um dos pais, tal como aconteceu durante a primeira vaga", em março.

"O problema não são as infeções nas escolas. É toda uma sociedade que não consegue parar com as escolas abertas. Mais: todas as demais atividades não essenciais, que não sejam possíveis por teletrabalho, devem cessar atividade de imediato pelo mesmo período de tempo. Tudo deve de parar de imediato. Reduzir as regras de circulação unicamente para as situações determinadas aquando do estado de emergência de março de 2020."

Entre as outras medidas sugeridas por Baptista Leite contam-se "mobilizar todos os meios de saúde disponíveis no país para as próximas semanas" e "chamar todos os recursos humanos disponíveis para abrir o maior número possível de hospitais, clínicas e tendas de campanha com máxima urgência".

O Governo convocou para esta segunda-feira um Conselho de Ministros extraordinário que poderá resultar num agravar das restrições, no âmbito do novo confinamento geral em vigor no país desde sexta-feira.

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