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Coronavírus

Foram a um convívio de Natal em Arganil. Eram cerca de 150 pessoas, um terço ficou infetado com Covid-19

18 jan, 2021 - 12:45 • Lusa

Pelo menos quatro pessoas já morreram. Origem do surto não é certa, havendo duas suspeitas: emigrantes em França que vieram para uma campanha de madeira ou um habitante da aldeia que já estava doente e ainda assim foi à festa.

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Um convívio informal na altura do Natal na aldeia de Maladão, em Arganil, provocou um surto com mais de 50 pessoas infetadas na localidade e quatro residentes já morreram como consequência direta da covid-19, confirmou esta segunda-feira o município.

A notícia foi divulgada hoje pelo jornal 'As Beiras' e confirmada à agência Lusa pelo presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa.

O convívio, que ocorreu na época natalícia, terá motivado "um grande ajuntamento de pessoas" no Maladão, aldeia com entre 150 a 180 residentes situada a quatro quilómetros da vila de Arganil, no distrito de Coimbra, explicou o autarca.

"Apurou-se que havia alguém que estava doente quando esteve na festa e foi pólvora", contou.

O surto infetou mais de 50 pessoas da aldeia e quatro residentes, todos idosos e com outras doenças, morreram por causa da infeção, salientou, acrescentando que ainda há pessoas hospitalizadas, sem saber indicar quantas.

A origem do surto não é certa, havendo duas suspeitas: emigrantes em França que vieram para uma campanha de madeira ou um habitante da aldeia que já estava doente e que esteve na festa, referiu, aclarando que o primeiro caso foi confirmado ainda antes do novo ano.

Para além do surto no Maladão, registaram-se vários casos de infeção no concelho que terão uma ligação indireta a essa situação original, esclareceu.

"Estamos com 180 casos ativos no concelho, no mínimo 50 de residentes do Maladão, mas estimo que muito mais de 100 infeções tiveram origem nesse surto", notou.

Segundo Luís Paulo Costa, "há um conjunto muito alargado de vasos comunicantes", registando-se focos em agregados fora da aldeia, em bombeiros - há "dois ou três que deram positivo" a partir de um contacto secundário -, suspeitando-se também de um possível surto num lar, onde se aguardam os resultados dos testes realizados no final da semana passada.

"Foi uma situação que criou um alarme muito grande, não apenas de especulação, mas de alarme real, que já teve consequências muito severas e que não tem ainda um fim à vista", frisou.

Para o autarca, o alívio de restrições no natal "fazia adivinhar este resultado" e o próprio município, ainda antes de ter conhecimento deste surto, realizou testes a todos os funcionários na primeira semana deste ano.

"Como seria de esperar, detetámos cinco ou seis casos de funcionários da autarquia, que têm origem nesse abrandamento das restrições", observou, afirmando que foi necessário fechar um serviço do município de atendimento direto ao cidadão por causa desses casos positivos.

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  • José J C Cruz Pinto
    18 jan, 2021 ILHAVO 20:02
    Pagamento na íntegra, e pela tabela dos hospitais privados!
  • José J C Cruz Pinto
    18 jan, 2021 ILHAVO 16:38
    E nem agora, depois do quase infinito número de situações análogas desde há 11meses, obrigam todos os envolvidos a PAGAR NA ÍNTEGRA todas as despesas administrativas, de transporte e de tratamento? E as autoridades também só multaram o dono da casa (ou talvez nem isso)? Que maravilha de País - o melhor do mundo -, não é, Senhor Presidente?

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